Relação das conferências internacionais e novas políticas florestais no Brasil e no estado do Pará - Fonte de amparo ou vulnerabilidade para comunidades tradicionais na Amazônia?

Autores

  • Mayara Suellen Costa Bessa Universidade Federal do Pará

DOI:

https://doi.org/10.51359/2675-3472.2020.245371

Palavras-chave:

políticas públicas ambientais, direitos territoriais, mudanças climáticas

Resumo

O trabalho se propõe a discutir os tratados internacionais que abordam as questões florestais aliados às mudanças climáticas, fazendo uma relação com as novas políticas florestais no Brasil e no Estado do Pará, especificamente: o novo código florestal (CF), o Programa de Regularização Ambiental do Estado no Pará (PRA[1]) e a Política Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (PROVEG), com o objetivo de identificar nesses documentos aspectos que podem levar ao aumento das vulnerabilidades socioambientais de comunidades tradicionais na Amazônia inseridas na lógica da restauração. Esta pesquisa é de cunho exploratório, e espera-se propor algumas reflexões sobre como a prática da restauração florestal imposta por políticas públicas podem se sobrepor às práticas já existentes, dessas comunidades lidarem com a terra.

[1]O Plano Nacional de Adaptação (PNA) é um documento do governo federal brasileiro que visa orientar iniciativas para gestão e diminuição do risco climático. O PNA está em consonância com o Plano Nacional sobre Mudança do Clima, com os planos setoriais de mitigação e adaptação e com decisões sobre adaptação assumidas pelo Brasil no âmbito da Conferência das partes sobre mudança do Clima.

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Biografia do Autor

Mayara Suellen Costa Bessa, Universidade Federal do Pará

Doutoranda do Programa de Pós Graduação do Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido (PPGDSTU-NAEA/UFPA). Mestre em Ciências Ambientais - (UFPA/EMBRAPA/MPEG). Belém - (PA) - Brasil.

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Publicado

2020-04-30

Como Citar

Bessa, M. S. C. (2020). Relação das conferências internacionais e novas políticas florestais no Brasil e no estado do Pará - Fonte de amparo ou vulnerabilidade para comunidades tradicionais na Amazônia?. Revista Mutirõ. Folhetim De Geografias Agrárias Do Sul, 1(1), 58–67. https://doi.org/10.51359/2675-3472.2020.245371

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