Reconstruindo laços de resistência: uma interpretação geohistórica das lutas do campesinato negro no Ceará comunidade Quilombola de Nazaré - Itapipoca - CE
DOI :
https://doi.org/10.51359/2675-3472.2020.245982Mots-clés :
Quilombo Rural, Geo-história, Resistência, Comunidade rural negraRésumé
Os quilombos rurais no Brasil surgiram no século XVI, como uma das formas de resistência às condições de vida e trabalho impostas no período colonial e imperial. No período contemporâneo os quilombos rurais buscam cobrir os diferentes contextos da posse e uso das terras do campesinato negro no país. É sobre essa temática que envolve o percurso do reconhecimento das terras das comunidades negras que se aborda neste trabalho. Um documento como uma certificação, que é um dos momentos básicos para uma comunidade quilombola rural demarca as barreiras dos seus territórios, consolidar os seus direitos, a sua geo-história, ancestralidade. Os povos quilombolas do campo com a espacialização das trajetórias de sua vida ao longo no tempo é uma das maneiras de ser o contador de histórias e sua compreensão do espaço. Essas trajetórias quando partem das comunidades rurais quilombolas é uma conquista que além de acrescentar o sentimento de que se pode mais, e que está presente, bem como, traça futuro para os que virão e traz esperanças.
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