Da economia agrário-exportadora à economia urbano-industrial: cinco séculos de luta pela democratização da terra no Brasil
DOI :
https://doi.org/10.51359/2675-3472.2020.247760Mots-clés :
formação territorial, latifúndio, camponês e reforma agráriaRésumé
Este trabalho aborda a dinâmica de mais de cinco séculos da luta camponesa pela terra que ocorre paralela ao processo de formação territorial do Brasil, fruto este da expansão dialética do capitalismo. Para tanto, analisamos o período agrário-exportador para identificar como a plantagem criou as condições para surgimento da classe camponesa a partir da exploração da força de trabalho dos indígenas, africanos escravizados e imigrantes. Em seguida, se observa como o surgimento da dinâmica urbano-industrial a partir de 1930 intensificou o processo de lutas travada por novas resistências camponesas em prol do direito à terra e da reforma agrária, em lado oposto, se analisa a contra-resistência criada pela aliança entre a velha elite agrária-exportadora e a nova classe econômica urbano-industrial, que para manterem seus privilégios, persistem em atuar contra avanços na política de reforma agrária e no processo de territorialização e reterritorialização camponês, o que resultou na chamada “modernização conservadora” do campo brasileiro.
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