A (Re)criação camponesa no enfrentamento do Estado desenvolvimentista
DOI:
https://doi.org/10.51359/2675-3472.2020.246620Schlagworte:
Resistência, Povos camponeses, Desenvolvimento, Territórios, Brejo da Madre de DeusAbstract
Nesta pesquisa admitimos a urgência de analisar as resistências dos povos camponeses latino-americanos defronte a proposta de desenvolvimento dada pelo estado moderno-colonial. Então objetivamos analisar e apreender a inserção da política de desenvolvimento na América Latina no período de 2004 a 2019, como também as resistências dos povos camponeses a esse modelo espoliador. Nessa conjuntura interessamo-nos pelo estudo do espaço agrário de Brejo da Madre de Deus – PE, devido ao impulsionamento ocorrido no final da década de 1990 para a disseminação da Agroecologia em Pernambuco. Utilizamos uma metodologia de base qualitativa abordada como pesquisa participante contendo entrevistas semiestruturadas com os camponeses brejenses. Bem como análise documental (fotografias, ofícios, documentos oficiais), coleta de dados secundários em institutos de pesquisa, levantamento bibliográfico (livros, periódicos, Teses, Dissertações) e confecção de mapas. Então sinalamos a pertinência de termos abordado a Agroecologia enquanto saber popular materializado nos territórios camponeses. Logo ressaltamos a importância de termos analisado o processo de territorialização da agroecologia na América Latina, enquanto questão multiescalar e transterritorial. Por fim concluímos que os camponeses agroecológicos brejenses estão satisfeitos com sua produção, tal satisfação engloba as esferas econômicas e socioculturais, que compõem o modo de vida camponês brejense, além constituir a conservação da natureza.
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