Agroecologia, questão agrária e processos de territorialização: uma proposta de mapeamento a partir da realidade do campo baiano
DOI:
https://doi.org/10.51359/2675-3472.2023.261684Schlagworte:
transição agroecológica, territorialização, agronegócioAbstract
A territorialização da agricultura capitalista e a territorialização da agroecologia camponesa estão em permanente disputa, constituem territorialidades distintas e representam paradigmas de desenvolvimento antagônicos. Com o intuito de compreender os processos sociais que impulsionam a territorialização da agroecologia, o presente artigo propõe uma proposta de mapeamento e análise de algumas experiências impulsionadoras da agroecologia em curso no estado da Bahia, nas suas múltiplas dimensões, envolvendo experiências no âmbito da construção do conhecimento, da produção, da comercialização, da assistência técnica e extensão rural, da organização social e políticas públicas, empreendida por diferentes sujeitos, organizações e movimentos, que ajudam a promover a territorialização da agroecologia como contraponto ao processo de territorialização do agronegócio.
Downloads
Literaturhinweise
ALENTEJANO, P. A hegemonia do agronegócio e a reconfiguração da luta pela terra e reforma agrária no brasil. Caderno Prudentino de Geografia. n.42, v.4. p.251-285, 2020.
ALTIERI, M. A; TOLEDO, V. The agroecological revolution in Latin America: Rescuing nature, ensuring food sovereignty and empowering peasants. The Journal of Peasant Studies, 38(3), 587–612, 2011. https://doi.org/10.1080/03066150.2011.582947
ARAÚJO, D.M.; AMORIN, W.V.; SANTOS, C.D. A territorialização das feiras agroecológicas e orgânicas em Fortaleza – Ceará. Revista GeoSertões (UFCG). V. 6, n.8, jan./jun. 2021.
EDUARDO, M. F. Agroecologia e o processo de ativação de territorialidades camponesas. Revista NERA, ano 19, nº31, 2016, pp. 143-165.
FERGUSON, B.G.; MAYA, M.A; GIRALDO, O.; MIER Y TERÁN M.G.C.; MORALES, E.; ROSSET, P. Special issue editorial: What do we mean by agroecological scaling? Agroecology and Sustainable Food Systems, 43:7-8, 722-723, 2019
FERNANDES, B. M. Questão Agrária: conflitualidade e desenvolvimento territorial. In: BUAINAIN, A. M. (ed.). Luta pela terra, reforma agrária e gestão de conflitos no Brasil. Campinas: Editora UNICAMP, 2008. p. 173–224.
GERMANI, G. I. Questão agrária e movimentos sociais: a territorialização da luta pela terra na Bahia. In: COELHO NETO, A. S.; SANTOS, E. M. C.; SILVA, O. A. (Org.). (GEO)grafias dos movimentos sociais, Feira de Santana, UEFS Editora, p. 269-304, 2010.
GUZMÁN, E. S.; MOLINA, M.G. de. Sobre a evolução do conceito de campesinato. São Paulo: Expressão Popular, 2013.
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo agropecuário de 2017. 2019. Disponível em: https://censos.ibge.gov.br/agro/2017/
HAESBAERT, R. O Mito da Desterritorialização: do fim dos territórios à multiterritorialidade. Rio de Janeiro: Bertrand, 2004.
HAESBAERT, R. Território(s) numa perspectiva latino-americana. Journal of Latin American Geography, v. 19, n. 1, 2020, p. 141-151.
INCRA - INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA. Incra nos Estados - Informações gerais sobre os assentamentos da Reforma Agrária. [On-line] Brasília: INCRA, 2017. Disponível em: http://painel.incra.gov.br/sistemas/index.php
MACHADO, L.C.P; MACHADO FILHO, L.C.P. Dialética da agroecologia. São Paulo: Expressão Popular, 2014. 360p.
MIER Y TERÁN, M. G. C.; GIRALDO, O. F.; ALDASORO, M; MORALES, H; FERGUSON, B. G.; ROSSET, P.; KHADSE, A.; CAMPOS, C. Bringing agroecology to scale: An overview of key drivers and emblematic cases. Agroecology and Sustainable Food Systems, v.42, n.6, pp.637-665, 2018 DOI:10.1080/21683565.2018.1443313
PLOEG, J. van der. D. Camponeses e impérios alimentares: lutas por autonomia e sustentabilidade na era da globalização. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2008.
PLOEG, J. van der. D. The drivers of change: the role of peasants in the creation of an agro-ecological agriculture. Agroecología. (6), 47-54, 2012.
PORTO-GONÇALVES, C. W. Geografia da riqueza, fome e meio ambiente: pequena contribuição crítica ao atual modelo agrário/agrícola de uso dos recursos naturais. Revista Internacional Interdisciplinar INTERthesis, Florianópolis, v. 1, n. 1, p. 1-55, jan. 2004
PIMENTEL, V.C. Limites e possibilidades da educação formal em agroecologia no âmbito da rede federal de educação, ciência e tecnologia. Tese (Doctorado Recursos Naturales y Gestión Sostenible) – Universidad de Cordoba, Cordoba, 2022.
ROSSET, P. A territorialização da Agroecologia na disputa de projetos e os desafios para as escolas do campo. In: SOARES, D. R et al (Orgs.). Agroecologia na educação básica: questões propositivas de conteúdo e metodologia – 2.ed. – São Paulo: Expressão Popular, 2017.
ROSSET, P.; ALTIERI, M. Agroecologia: ciência e política. São Paulo: Editora Unesp; Editora Expressão Popular, 2022.
ROSSET,P; BARBOSA, L.P. A territorialização da agroecologia na Via Campesina. ECOECO, n.39, p. 46 – 52, 2019.
ROSSET, P.; MARTÍNEZ-TORRES, M. E. Agroecología, territorio, recampesinización
y movimientos sociales. Estudios Sociales, 25(47), 275-299, 2016.
SAQUET, M. A. Agricultura camponesa e práticas (agro)ecológicas: abordagem territorial histórico-crítica, relacional e pluridimensional. Mercator, Fortaleza, v. 13, n. 2, p. 125-143, mai./ago. 2014.
SOUZA, M. L. O território: sobre espaço e poder, autonomia e desenvolvimento. p. 77-116. In: CASTRO, I. E.; GOMES, P. C. C; CORRÊA, R. L. (Orgs.) Geografia: conceitos e temas. 2.ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000.
Downloads
Veröffentlicht
Zitationsvorschlag
Ausgabe
Rubrik
Lizenz
Copyright (c) 2024 Nathan Pereira Dourado, Guiomar Inez Germani

Dieses Werk steht unter der Lizenz Creative Commons Namensnennung 4.0 International.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à REVISTA MUTIRÕ da Universidade Federal de Pernambuco o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional. CC BY -
Permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original. Esta é a mais flexível das licenças, onde o foco é a disseminação do conhecimento.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.