“Empleada doméstica, empleada esclava”: estudio de las formas de explotación basadas en el trabajo doméstico esclavo
DOI:
https://doi.org/10.51359/2675-3472.2023.261534Palabras clave:
Trabajo esclavo, Trabajo doméstico, Mujeres, InvisibilizaciónResumen
El objetivo de este artículo es discutir la naturalización e invisibilización del trabajo esclavo doméstico de niñas y mujeres en Brasil y Maranhão, a partir del estudio del fenómeno de la esclavitud contemporánea. Partimos del debate de género, que analiza el papel de las mujeres en las formas de explotación, cruzándose con estudios de racialidades y clases sociales. La metodología utiliza la investigación bibliográfica para comprender la permanencia del trabajo esclavo contemporáneo, a partir del análisis documental de la legislación vigente y de los datos recogidos y organizados por la Comisión Pastoral de la Tierra (CPT). Para discutir las situaciones existentes de trabajo esclavo contemporáneo en el hogar, se realizaron entrevistas a trabajadoras domésticas que denunciaron situaciones de violencia y trabajo análogas a la esclavitud. Creemos que el fenómeno del trabajo esclavo femenino, especialmente el doméstico, desde la perspectiva de la subalternización, expone el peso sociocultural del papel de la mujer y la naturalización de su explotación. Debido a la naturaleza privada del hogar, este fenómeno sigue siendo invisibilizado de las discusiones geográficas, contribuyendo a la continuidad del proceso que ausenta de las investigaciones las situaciones vividas por las mujeres en los espacios domésticos.
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