“Empleada doméstica, empleada esclava”: estudio de las formas de explotación basadas en el trabajo doméstico esclavo

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.51359/2675-3472.2023.261534

Palabras clave:

Trabajo esclavo, Trabajo doméstico, Mujeres, Invisibilización

Resumen

El objetivo de este artículo es discutir la naturalización e invisibilización del trabajo esclavo doméstico de niñas y mujeres en Brasil y Maranhão, a partir del estudio del fenómeno de la esclavitud contemporánea. Partimos del debate de género, que analiza el papel de las mujeres en las formas de explotación, cruzándose con estudios de racialidades y clases sociales. La metodología utiliza la investigación bibliográfica para comprender la permanencia del trabajo esclavo contemporáneo, a partir del análisis documental de la legislación vigente y de los datos recogidos y organizados por la Comisión Pastoral de la Tierra (CPT). Para discutir las situaciones existentes de trabajo esclavo contemporáneo en el hogar, se realizaron entrevistas a trabajadoras domésticas que denunciaron situaciones de violencia y trabajo análogas a la esclavitud. Creemos que el fenómeno del trabajo esclavo femenino, especialmente el doméstico, desde la perspectiva de la subalternización, expone el peso sociocultural del papel de la mujer y la naturalización de su explotación. Debido a la naturaleza privada del hogar, este fenómeno sigue siendo invisibilizado de las discusiones geográficas, contribuyendo a la continuidad del proceso que ausenta de las investigaciones las situaciones vividas por las mujeres en los espacios domésticos.

 

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Biografía del autor/a

Amanda Ribeiro Bezerra, Universidade Estadual de Ponta Grossa

Doutoranda em Geografia pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Mestre em Geografia - Espacialização da Violência contra a Mulher em São Luís - pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Graduada em Licenciatura - Geografia pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), com ênfase na apreensão da violência de gênero nos espaços da casa, da rua e do trabalho. Faz parte do Grupo de Estudos Territoriais (GETE-UEPG) e do Grupo de Estudos e Pesquisas em Território e Trabalho (GETTRAB-UFMA). Atualmente desenvolve pesquisas sobre trabalhadoras domésticas, trabalho escravo doméstico, violência de gênero, colonialidade/decolonialidade e os conceitos de espaço geográfico, lugar e cotidiano.

Sávio José Dias Rodrigues, Universidade Federal do Maranhão

Doutor em Geografia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), realizou estágio de pós-doutoramento pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Tem mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente (UFC) e graduação em Geografia (UFMA). Atualmente é Professor Adjunto IV da Universidade Federal do Maranhão, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGEO/UFMA) e à Coordenação do Curso de Licenciatura Interdisciplinar em Estudos Africanos e Afro-brasileiros, onde desde 2018 é Editor-gerente da Kwanissa - Revista de Estudos Africanos e Afro-brasileiros. Coordena, também, o Grupo de Estudos e Pesquisas em Território e Trabalho (GETTRAB), além de fazer parte do Núcleo Interdisciplinar em Estudos Africanos e afro--brasileiros (NIESAFRO/UFMA), do Núcleo de Estudos Geográficos (NEGO/UFMA) , Grupo de Pesquisas sobre Trabalho Escravo Contemporâneo (GPTEC/UFRJ), sendo integrante do Grupo de Trabalho da Clacso Fronteras, regionalización y Globalización en América. Desenvolve pesquisas acerca do trabalho escravo contemporâneo, expansão da fronteira agropecuária, grandes projetos de desenvolvimento e modernização do território, tanto no Brasil como em Moçambique. Tem se interessado por temas ligados à formação, organização e mob

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Publicado

2024-03-13

Cómo citar

Ribeiro Bezerra, A., & Dias Rodrigues, S. J. (2024). “Empleada doméstica, empleada esclava”: estudio de las formas de explotación basadas en el trabajo doméstico esclavo. Revista Mutirõ. Folhetim De Geografias Agrárias Do Sul, 4(3), 86–104. https://doi.org/10.51359/2675-3472.2023.261534

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