A territorialização do agronegócio do milho no médio sertão sergipano: novas configurações produtivas
DOI :
https://doi.org/10.51359/2675-3472.2021.251852Mots-clés :
agronegócio, milho transgênico , EstadoRésumé
Sob a égide dos transgênicos, o monocultivo de milho tem crescido inexoravelmente, nas grandes, médias e pequenas propriedades rurais brasileiras. A expansão do agronegócio do milho em Sergipe tem provocado alterações na dinâmica espacial, cuja expressão nos territórios se avoluma a partir do crescimento e da especialização produtiva desta commoditie agrícola. Com isso, objetiva-se analisar como a territorialização do agronegócio do milho provocou transformações na dinâmica do espaço rural e na organização produtiva da agricultura no território do Médio Sertão sergipano. Para alcançar este objetivo, utilizamos técnicas de cunho quanti-qualitativo e adotamos os seguintes procedimentos metodológicos: Levantamento bibliográfico; Pesquisa documental; Trabalho de campo (técnica snowball); Sistematização e análise dos dados e Reflexão dos resultados. Por meio desta pesquisa conclui-se que, a expansão do agronegócio do milho transgênico desencadeou uma nova configuração produtiva neste território. Para além do crescimento dos índices de produtividade desta commoditie, alicerçada em um modelo químico, técnico, semi-empresarial, e subordinado a lógica do capital monopolista da agricultura, constatou-se uma redução expressiva nos cultivos de base alimentar, que atualmente definham no território. Em detrimento do aumento da produção de milho, ocorreu a redução da produção de gêneros agrícolas, importantes para a alimentação e para a reprodução do modo de vida no campo.
Téléchargements
Références
ALBERTON, R. P. Realidades e perspectivas do milho: Uma análise conjuntural e intersetorial. Monografia no Departamento de Ciências Econômicas. Porto Alegre, 2009.
BAILEY, K. Methods os social research.4ª ed. New York (USA). Simon na Schuster, 1994.
BARROS, J. F. C.; CALADO, J. G. A Cultura do Milho. Universidade de Évora. Departamento de Fitotecnia. Évora, 2014.
CARVALHO, Horácio Martins. O Oligopólio na produção de sementes e atendência à padronização da dieta alimentar mundial. In: STÉDILE, João Pedro (org.) A Questão Agrária no Brasil:o debate na década de 2000. São Paulo, expressão Popular. 2013, pág. 39-56.
CONCEIÇÃO, Alexandrina Luz. Estado, Políticas Públicas e o Reordenamento social e territorial do trabalho. In: ANDRADE, Elizário Souza; SILVA,(orgs). Francisca de Paula Santos da. Estado e políticas públicas: a construção do consenso neoliberal.Salvador: Ed. UNEB, 2012.
CRUZ, M. S.; AMORIM, J. R. A.; JUNIOR, L. R. N.;GALINA, M. H. Estimativa da precipitação anual média e avaliação de sua influência na produção de milho no polo produtivo de Sergipe. Anais do Simpósio Regional de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto –GEONORDESTE. Aracaju, 18-21 novembro 2014.
CUENCA, Manuel Alberto Gutiérrez. Aspectos agroeconômicos da cultura do milho: características e evolução da cultura no Estado de Sergipe entre 1990 e 2003. -Aracaju: Embrapa Tabuleiros Costeiros, 2005.
DINIZ, José Alexandre Felizola. A condição camponesa em Sergipe: desigualdades e persistência da produção familiar. São Cristóvão: Editora UFS, 1996.
FRANCELLI, Antonio Luiz. ALVES, Lucilio Rogério. ALMEIDA, Rodrigo Estevam Munhoz. Com demanda ascendente no mundo, milho desponta como cereal do futuro. In: Revista Visão Agrícola.N.º 13 –JulhoDezembro de 2015. P. 83-97.
LACERDA, R. A expansão da cultura do milho no semiárido sergipano.Jornal da Cidade, 2011.
MAZOYER, Marcel; ROUDART, Laurence. História das agriculturas no mundo:do neolítico à crise contemporânea. São Paulo: Editora UNESP; Brasília, DF: NEAD, 2010.
MENEZES, Sônia de Souza Mendonça;SILVA,Paulo Adriano Santos;e SILVA, Heberty Ruan Conceição,«Configuração espacial da geografia alimentar em Sergipe»,Confins[Online], 40|2019, posto online no dia05 junho 2019, consultado o12 março 2021.
OLIVEIRA, A. M. S. de. Reordenamento territorial e produtivo do agronegócio canavieiro no Brasil e os desdobramentos para o trabalho.Presidente Prudente: Universidade Estadual Paulista/Faculdade de Ciências e Tecnologia, (Tese de Doutorado em Geografia). 566f. 2010.
POLLAN, Michel. O DILEMA DO ONIVORO: Uma história natural de quatro refeições. Tradução: Cláudio Figueredo, Rio de Janeiro: Intrínseca, 2006.POLL, M. Novos dados ampliam em mais de um século a domesticação da planta.2007. Disponível http://www.pnas.org, em 24/03/2008.
PINAZZA, Luiz Antônio. Cadeia produtiva do milho–Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Secretaria de Política Agrícola, Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura. Brasil: IICA: MAPAS/SPA, 2007.
SANTOS, Cátia dos. Níveis Tecnológicos dos Agroecossistemas do Milho no Estado de Sergipe.Dissertação de Mestrado, PRODEMA, UFS, São Cristóvão, 2012.
SOLOGUREN, Leonardo. Mercado de grãos:uma retrospectiva dos últimos 40 anos. In: Revista Pioneer, 2013.
RIBEIRO, Marina Pires. LINO, Janãine Daniela Pimentel. As Sementes Crioulas e a Agricultura Camponesa na Comunidade Mata Preta em Catalão (GO). In: VII Congresso Brasileiros de Geógrafos, Vitória –ES, 2014.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
© Paulo Adriano Santos Silva 2021

Ce travail est disponible sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International .
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à REVISTA MUTIRÕ da Universidade Federal de Pernambuco o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional. CC BY -
Permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original. Esta é a mais flexível das licenças, onde o foco é a disseminação do conhecimento.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.