Para uma crítica dos limites da educação para consciência - ou para que em geral consciência, se no principal ela é supérflua?
DOI:
https://doi.org/10.51359/2357-9986.2023.251580Palavras-chave:
consciência, hermenêutica filosófica, educação, metafísicaResumo
Pretendemos nesse artigo, desenvolver alguns elementos pontuais da reflexão nietzschiana, que é presença marcante no pensamento de Gadamer no que diz respeito ao reconhecimento da independência epistemológica das ciências humanas em relação às ciências da natureza, alinhando os dois autores nesse sentido, numa postura anti-metafísica. Para isso, dialogaremos com algumas questões apresentadas por Nietzsche, principalmente em sua obra A Gaia Ciência, como elementos que certamente contribuem para a elaboração da crítica a pretensão idealista da educação para a “conscientização”, esclarecendo os limites metafísicos de tal postulação. Os limites presentes na crítica de Nietzsche à metafísica, ressoam na reflexão de Gadamer fundamentalmente no que se refere à esquizofrenia metódica da ciência naturais, enquanto consequência da filosofia da consciência. É mister destacar que nossa crítica restringe-se a atacar os limites da pretensão de uma educação para a conscientização, que desconhece, desta maneira, o devir histórico, tomando para si o “lugar da verdade”, submetendo-se assim ao horizonte metafísico.Referências
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