Espacialização do movimento LGBTQIA+ no Brasil e suas proximidades com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)
DOI:
https://doi.org/10.51359/2525-6092.2022.252113Palavras-chave:
Movimento LGBTQIA , Diversidade, Urbano, Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.Resumo
O Movimento LGBTQIA+ vem construindo nas últimas décadas amplas e complexas redes com outros movimentos socioespaciais e socioterritoriais, evidenciando uma complexificação em sua estrutura organizativa e interação com outros movimentos, organizações e instituições, como o movimento de mulheres, movimento negro, movimentos de luta por moradia urbana, movimentos de luta pela terra, sindicatos e partidos políticos. Essa pluralidade de relações e interações com outros movimentos e organizações confere ao Movimento LGBTQIA+ uma característica ímpar, as interseccionalidades e reciprocidades existentes em dadas relações se materializam em diferentes espaços e territórios, assim, um LGBTQIA+ também é rosto sem-terra, sem-teto, ribeirinho, indígena, quilombola, entre outras expressões da vida em movimento, disputa, conflito e transformação. Este artigo teve por objetivo identificar e analisar a espacialização do Movimento LGBTQIA+ brasileiro em 2020 a partir do Banco de Dados da Luta Pela Terra (DATALUTA), bem como a produção do espaço a partir das diferentes intencionalidades, relações e pautas levantadas pelos movimentos e coletivos no Espaço Urbano e suas proximidades e relações com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Para alcançar o objetivo alvitrado foram realizados os seguintes procedimentos metodológicos: pesquisa documental, levantamento bibliográfico, construção de banco de dados, análise de dados e trabalho estatístico e mapeamento.Referências
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