Espacialização do movimento LGBTQIA+ no Brasil e suas proximidades com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)

Autores/as

  • Wilians Ventura Ferreira Souza Mestrando em Geografia pela Universidade Estadual Paulista - UNESP campus de Presidente Prudente - SP Pesquisador e colaborador do Observatório das mortes LGBTI+ no Brasil Pesquisador e Colaborador do Grupo Gay da Bahia (GGB) Pesquisador e Colaborador da Rede, Articulação e Integração LGBTQIA+ do Oeste Paulista Pesquisador e Colaborador da REDE DATALUTA BRASIL Pesquisador e Colaborador do Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária (NERA)

DOI:

https://doi.org/10.51359/2525-6092.2022.252113

Palabras clave:

Movimento LGBTQIA , Diversidade, Urbano, Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.

Resumen

O Movimento LGBTQIA+ vem construindo nas últimas décadas amplas e complexas redes com outros movimentos socioespaciais e socioterritoriais, evidenciando uma complexificação em sua estrutura organizativa e interação com outros movimentos, organizações e instituições, como o movimento de mulheres, movimento negro, movimentos de luta por moradia urbana, movimentos de luta pela terra, sindicatos e partidos políticos. Essa pluralidade de relações e interações com outros movimentos e organizações confere ao Movimento LGBTQIA+ uma característica ímpar, as interseccionalidades e reciprocidades existentes em dadas relações se materializam em diferentes espaços e territórios, assim, um LGBTQIA+ também é rosto sem-terra, sem-teto, ribeirinho, indígena, quilombola, entre outras expressões da vida em movimento, disputa, conflito e transformação. Este artigo teve por objetivo identificar e analisar a espacialização do Movimento LGBTQIA+ brasileiro em 2020 a partir do Banco de Dados da Luta Pela Terra (DATALUTA), bem como a produção do espaço a partir das diferentes intencionalidades, relações e pautas levantadas pelos movimentos e coletivos no Espaço Urbano e suas proximidades e relações com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Para alcançar o objetivo alvitrado foram realizados os seguintes procedimentos metodológicos: pesquisa documental, levantamento bibliográfico, construção de banco de dados, análise de dados e trabalho estatístico e mapeamento.

Biografía del autor/a

Wilians Ventura Ferreira Souza, Mestrando em Geografia pela Universidade Estadual Paulista - UNESP campus de Presidente Prudente - SP Pesquisador e colaborador do Observatório das mortes LGBTI+ no Brasil Pesquisador e Colaborador do Grupo Gay da Bahia (GGB) Pesquisador e Colaborador da Rede, Articulação e Integração LGBTQIA+ do Oeste Paulista Pesquisador e Colaborador da REDE DATALUTA BRASIL Pesquisador e Colaborador do Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária (NERA)

Graduado em Geografia (Licenciatura) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Campus de Presidente Prudente - SP. Mestrando em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Campus de Presidente Prudente - SP, linha de pesquisa Trabalho Saúde e Movimentos Socioterritoriais. Desenvolve atualmente a pesquisa intitulada AQUI SE RESPIRA LUTA, AQUI SE PINTA DIVERSIDADE: por uma leitura socioespacial e socioterritorial do Movimento LGBTQIAP+ brasileiro. Pesquisador e membro do Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária - NERA desde 2017. Membro do Centro de Memória e Hemeroteca Sindical Florestan Fernandes - CEMOSI desde 2017. Colaborou com a digitalização da coleção Metalúrgicos - TC 491/18, pelo CEDEM e CEMOSi (Centro de Memória, documentação e hemeroteca sindical Florestan Fernandes). Colaborador e Pesquisador da Rede DATALUTA, coletivo de pensamento que se destaca a partir das leituras e análises sobre ação dos movimentos socioespaciais e socioterritoriais que disputam espaços e territórios no Campo, Cidade, Água e Floresta, dando destaque para a construção teórico-metodológica em torno do Espaço Urbano a partir da criação das tipologias de movimentos socioespaciais e socioterritoriais e das tipologias de ações executadas pelos movimentos. Desenvolveu o projeto de iniciação científica financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) intitulado A produção e disputa pelo espaço a partir do corpo: luta e formação do movimento LGBT de Presidente Prudente/SP. É autor de vários artigos científicos e produções acadêmicas, dando destaque para: Movimento LGBT ocupando e transformando os espaços; Que movimento é esse: uma leitura histórica e socioespacial do Movimento LGBT de Presidente Prudente - SP; Da ditadura militar à Parada LGBTQIAP+: por uma abordagem socioespacial e socioterritorial do Movimento LGBTQIAP+ brasileiro; Corpos que não cabem: por uma contribuição geográfica dos corpos dissidentes e da saúde; A Parada LGBTQIAP+ como resposta ao "cistema" ou como parte dele, por uma leitura geográfica e tipológica das Paradas e de suas áreas de influência e Mapeamento dos Crimes de Ódio contra LGBTs: uma leitura socioespacial da violência entre os anos de 2017 e 2018. Contribuiu para a organização do I Encontro Latino-americano de Movimentos Socioespaciais e Socioterritoriais (I LATIN AMERICAN MEETING OF SOCIO-SPATIAL MOVEMENTS AND SOCIOTERRITORIAL) organizado pelos programas de pós-graduação em Geografia da Universidade Estadual Paulista, campus de São Paulo e campus de Presidente Prudente, pelo Programa e Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal do Pará e pelo Programa de Doutorado em Ciências Sociais da Universidade Nacional de La Plata. Contribuiu no anos de 2017, 2018, 2019 e 2020 para a elaboração e publicação do Relatório DATALUTA BRASIL, trabalho que evidencia os diferentes processos e conflitos que se dão e se estabelecem no campo e na cidade, atualmente também buscamos mapear e compreender os diferentes tipos de movimentos e tipos de ações que disputam a Cidade, Campo, Água e Floresta. Além da intensa participação acadêmica e teórica na construção e consolidação da abordagem socioespacial e socioterritorial, também realiza através de diferentes meios como TV, Jornal, Rádio e PodCasts a divulgação dos artigos, colóquios e discussões produzidas em ambiente acadêmico, assim, é possível observar a participação em mais de 15 mesas/rodas de conversa e 17 PodCasts (TERRITORIAL - UNESP) e programas de Rádio sobre assuntos variados que permeiam temas como geografia, movimentos socioespaciais e socioterritoriais, gênero e sexualidade. Colabora com a construção metodológica do relatório/denúncia dos Crimes de Ódio produzido pelo Observatório das Mortes e Grupo Gay da Bahia (GGB), relatório que evidencia e mapeia a violência contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis, trangêneros, queer e intersexuais no Brasil.

Citas

ASSUNÇÃO, I. Heterossexismo, patriarcado e diversidade sexual. In: NOGUEIRA, L. et al (Org.) Hasteemos a bandeira colorida: diversidade sexual e de gênero no Brasil. 1. ed. São Paulo: Expressão Popular, 2018. p. 55-85.

BUTLER. J. Bodies that matter. On the Discursive Limits of "Sex". New York: Routledge, 2011.

CORRÊA, R.L. O Espaço Urbano. São Paulo: Ática, 1989

EFREM FILHO, R. Corpos brutalizados: conflitos e materializações nas mortes de LGBT. Cad. Pagu [online].2016, n.46, pp.311-340.

FACCHINI, R. RODRIGUES, J. É preciso estar atenta (o) e forte: histórico do movimento LGBT e conjuntura atual. In. Hasteemos a bandeira colorida: diversidade sexual e de gênero no Brasil. 1.ed. São Paulo: Expressão Popular, 2018. p. 231-262.

FERNANDES, B. M. Movimento social como categoria geográfica. Terra Livre, São Paulo, v. 15, p. 59-85, 2000.

FERNANDES, B. M. Entrando nos territórios do Território. In Campesinato e territórios em disputa.PAULINO, Eliane Tomiase; FABRINI, João Edmilson. São Paulo. Expressão Popular p. 273-301, 2008.

FERNANDES, B. M. Movimentos Socioterritoriais e Movimentos socioespaciais: Contribuição teórica para uma leitura geográfica dos movimentos sociais. Ed. Especial. São Paulo: Revista NERA, 2012. p. 07-17.

FERNANDES, B. M.; MARTIN, J. Y. Movimento socioterritorial e “globalização”: algumas reflexões a partir do caso do MST. Lutas Sociais (PUCSP), São Paulo, v. 12, 2004.

FERNANDES, B. M. Peasant Movements in Latin America. Oxford Research Encyclopedia of Politics. 2020.

HALVORSEN, S; FERNANDES, B.M. TORRES, Fernanda Valeria. Movimentos Socioterritoriais em Perspectiva Comparada.Revista NERA, v. 24, n. 57, p. 24-53, Dossiê I ELAMSS, 2021.

LEFEBVRE, Henri. The Production of Space. Cambridge: Blackwell Publishers, 1991.

LUKÁCS, G. Para uma antologia do ser social–v. 2. Tradução de Nélio Schneider, Ivo Tonet e Ronaldo Vielmi Fortes. São Paulo: Boitempo, 2013.

MISKOLCI, R. Pânicos morais e controle social –reflexões sobre o casamento gay. Cadernos Pagu, Campinas, n. 28, p. 101-128, jan./jun. 2007.

MARX, K. ENGELS, F. A Ideologia Alemã. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

ORNAT, M. Sobre Espaço e Gênero, Sexualidade e Geografia Feminista. Terr@ Plural(UEPG. Impresso), v. 2, p. 309-322, 2008.

Organização das Nações Unidas. Transformando Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. New York: ONU, 2015.

PEDON, N. R.Geografia e movimentos sociais: dos primeiros estudos à abordagem socioterritorial. Editora: Unesp, 2013.

PEDON, N. R; DALPERIO, L. C. A contribuição da abordagem socioterritorial à pesquisa geográfica sobre os movimentos sociais. In: VINHA, J. S. C; COCA, E. L; FERNANDES, B. M. (Org.). DATALUTA:questão agrária e coletivo de pensamento. 1ed.São Paulo: Outras Expressões, 2014, v. 1, p. 39-67.

RUBIN, G. O tráfico de mulheres: notas sobre a “economia política” do sexo. Recife: SOS Corpo, 1993.

SANTOS, M. A Natureza do Espaço. São Paulo: Hucitec, 1996.

SOBREIRO FILHO, J. CONTRIBUIÇÃO À CONSTRUÇÃO DE UMA TEORIA GEOGRÁFICA DOS MOVIMENTOS SOCIOESPACIAIS E CONTENTIOUS POLITICS: PRODUÇÃO DO ESPAÇO, REDES E LÓGICA-RACIONALIDADE ESPAÇO-TEMPORAL NO BRASIL E ARGENTINA. Tese (Doutorado) –Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia. Presidente Prudente, São Paulo,2016. 440 f.

SOBREIRO FILHO, J. Instrumentos teóricos para analisar os movimentos socioespaciais e a perspectiva geográfica: conflitualidade, contentious politics; terrains of resistance, socio-patial positionality e convergence spaces, Revista Nera, Ano20, n. 39, p. 13-38, 2017.

Publicado

2022-06-15

Cómo citar

Souza, W. V. F. (2022). Espacialização do movimento LGBTQIA+ no Brasil e suas proximidades com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Revista Rural & Urbano, 7(1). https://doi.org/10.51359/2525-6092.2022.252113

Número

Sección

Artigos

Artículos similares

1 2 3 4 5 6 7 8 9 > >> 

También puede Iniciar una búsqueda de similitud avanzada para este artículo.