O movimento estudantil contra a ditadura militar: a rede de solidariedade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.51359/2448-0215.2024.263817

Palavras-chave:

ditadura militar, universidade, rede estudantil

Resumo

O movimento estudantil teve um importante papel no cenário brasileiro entre 1964 e 1979, pois representou um significativo foco de resistência contra as arbitrariedades cometidas pela ditadura civil-militar, tanto nos âmbitos político e social, quanto no âmbito educacional. Uma face bastante relevante desse movimento foi a atuação dos DCEs (Diretórios Centrais dos Estudantes) e CAs (Centros Acadêmicos) de universidades públicas localizadas em diversos estados. Partindo de um acervo documental sobre o DCE da Universidade Federal Fluminense (Niterói-RJ), cujo nome (Fernando Santa Cruz) homenageia um aluno desaparecido e morto pela Ditadura, foi possível identificar a existência de uma grande e silenciosa rede de solidariedade e de troca (de experiências, informações e ajuda) entre esses órgãos de representação estudantil (DCEs e CAs), revelando um valioso e até então desconhecido inimigo do regime militar.

Biografia do Autor

Devyson Carvalho Duarte Pereira, Universidade Federal Fluminense – UFF

Possui graduação em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2006), Licenciatura em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2008), Habilitação em Sociologia e Filosofia, pós-graduação em História do Brasil Pós-1930 - UFF (2009), mestrado em Educação pela Universidade Federal Fluminense (2011) e doutorado em Educação pela Universidade Federal Fluminense (2022). Atuou, e ainda atua, como professor de história, filosofia, sociologia e educação em diversas instituições de renome no cenário educacional, tais como: Universidade Federal Fluminense, Universidade Castelo Branco, Universidade de Vassouras, Curso e Colégio Pensi, dentre outros.

Claudia Maria Costa Alves de Oliveira, Universidade Federal Fluminense – UFF

Professora titular da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense, credenciada ao Programa de Pós-Graduação em Educação da UFF. Possui graduação em História pela Universidade Federal Fluminense (1982), mestrado em Educação pela Universidade Federal Fluminense (1990) e doutorado em História Social pela Universidade de São Paulo (2000). Foi presidente da Sociedade Brasileira de História da Educação (SBHE) na gestão 2007-2009 e coordenadora do GT História da Educação da ANPEd, no período 2015-2017. Coordena o Grupo de Pesquisa História Social da Educação. Pesquisa, com maior ênfase, a relação entre intelectuais e educação, em uma perspectiva histórica, que se desdobra em temas como intelectuais militares e processos de escolarização, história do ensino secundário, historiografia da educação.

Referências

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Publicado

31-10-2024

Edição

Seção

Artigos: demanda contínua