Práticas educativas na prostituição: experiências na Associação Sergipana de Prostitutas

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.51359/2448-0215.2022.256665

Palabras clave:

Decolonial, Educação, Prostituição.

Resumen

O presente artigo tem como objetivo discutir a presença de práticas educativas na prostituição a partir do diálogo com a perspectiva decolonial, tomando como base experiências da Associação Sergipana de Prostitutas. Nesse sentido, sua problemática central envolve os seguintes questionamentos: Como se configuram as práticas educativas na prostituição? É possível um diálogo entre a Educação e o estudo da prostituição em uma perspectiva crítica e decolonial? Para responder esses questionamentos, realizamos uma revisão bibliográfica investigando o que diz a literatura no campo da Educação sobre a prostituição. Depois, empregamos uma pesquisa documental com as marcas de experiências da ASP. Como referencial teórico utilizamos as compreensões da Pedagogia Decolonial de Walsh (2008). Evidenciamos que as ações realizadas pela ASP são pedagogias outras, capazes de educar mulheres na prática da prostituição.

Biografía del autor/a

Ian Ravih Rollemberg de Aragão, Universidade Tiradentes

Estudante de Psicologia (UNIT/SE);

Estudante de Iniciação Científica em Educação (UNIT/CNPQ)

Membro do Grupo de pesquisa Educação e Sociedade: Sujeitos e Práticas Educativas (GEPES)

Ilka Miglio de Mesquita, Professora Aposentada

Graduada em História pela PUC/MG;

Mestra em Educação pela
Universidade Federal de Uberlândia;

Doutora em Educação pela Unicamp;

Pós–Doutorado em História da Educação pela UFMG.

Membro do Grupo de Pesquisa Educação, História e Interculturalidade (GPEHI)

Coordenadora do Grupo de Trabalho Comunicação do Portal do Bicentenário

Luzinete Rosa dos Santos, Universidade Tiradentes

Doutoranda em Educação pela
Universidade Tiradentes (Unit/SE);

Mestra em Educação pela Universidade Tiradentes
(Unit/SE);

Graduada em Serviço Social.

 

Citas

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Publicado

2022-12-22

Número

Sección

Articulos