Trajetórias de formação de indígenas professoras: educação(ões) e história(s) da Educação Escolar Indígena no Médio Xingu - Altamira, Pará
DOI :
https://doi.org/10.51359/2448-0215.2025.263702Mots-clés :
História da Educação, memórias de indígenas professoras, educação escolar indígena, Escola Korina JurunaRésumé
Este artigo faz um estudo sobre memórias de professoras indígenas do Médio Xingu. Enfoca as memórias de três professoras da etnia Juruna, centrando-se em seus processos de formação, histórias e vivências de escola. A pesquisa baseia-se em informações de fontes documentais e entrevistas, estabelecendo diálogo teórico-metodológico com autores como Bueno, Catani, Sousa e Souza (1993), que investigam relatos de formação intelectual articulando docência, memória e gênero, Nóvoa (1995), que estuda a profissão docente a partir de um processo identitário em que é impossível separar o eu profissional do eu pessoal. Infere-se que a heterogeneidade de processos trazidos pelas memórias das professoras Juruna pesquisadas compõem não somente suas histórias pessoais e profissionais, mas revelam também aspectos da história da educação escolar indígena onde atuam.
Références
ALMEIDA, Jane S. Mulher e educação: a paixão pelo possível. São Paulo: editora UNESP, 1998.
ATA. Primeiro Encontro de Educação Escolar Indígena do Médio Xingu, Altamira, 2011.
BELTRAME, Camila. Etnografia de uma escola Xikrin. 2013. 166 f. Dissertação (Pós-Graduação em Antropologia Social) Universidade Federal de São Carlos, 2013.
BRITO, Patrícia. Indígena-Mulher-Mãe-Universitária: o estar-sendo estudante na UFRGS. 2016. 127f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2016.
BUENO, Belmira O. Pesquisa em colaboração na formação contínua de professores. In: BUENO, Belmira O; CATANI, Denise B; SOUSA Cynthia P. (Org.). A vida e o oficio dos professores: formação contínua, autobiografia e pesquisa em colaboração. São Paulo: Escrituras, 1998, p.7-20.
CARDOSO DE OLIVEIRA, Roberto. Identidade, etnia e estrutura social. São Paulo: Pioneira, UnB, 1976.
CATANI, Denice. Prefácio. In: MORAES D; LUGLI, R. (Org.). Docência, pesquisa e aprendizagem: (auto) biografias como espaços de formaçãoinvestigação. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010, p.7-9.
CATANI, Denise B. Práticas de formação e ofício docente. In: BUENO, Belmira O; CATANI, Denise B; SOUSA Cynthia P. (Org.). A vida e o oficio dos professores: formação contínua, autobiografia e pesquisa em colaboração. São Paulo: Escrituras, 1998, p. 21- 29.
FONSECA, Mary Gonçalves. Currículo e construção da identidade Karipuna na aldeia Manga, Amapá. 2019 176f. Tese (Doutorado em Educação) – Pontifícia Universidade Católica, 2019.
FONTOURA, Helena. Narrativas de um grupo em constante caminhar: quando contamos nossas histórias de aprendizagem. In: MORAES D; LUGLI, R (Orgs). Docência, pesquisa e aprendizagem: (auto) biografias como espaços de formaçãoinvestigação. São Paulo: cultura acadêmica, 2010, p. 89-110.
GOODSON, Ivor. Dar voz ao professor: Histórias de vida dos professores e o desenvolvimento profissional. In: NÓVOA, António (Org.) Vidas de professores. Editora Porto: Portugal, 1995, p.63-79.
GRUPIONI, Luís Donisete Benzi. Olhar longe, porque o futuro é longe: cultura, escola e professores indígenas no Brasil. 2008 219f. Tese. (Doutorado em Antropologia Social) – Universidade de São Paulo, 2008.
LOSANO, Jorge. Pratica e estilos de pesquisa na história oral contemporânea. In: FERREIRA, M; AMADO, J (Orgs.). Usos e abusos da história Oral. Editora: Fundação Getúlio Vargas, 1996, p. 15-25.
MAHER, Terezinha de Jesus M. Ser professor sendo índio: questões de linguagem e identidade. 1996 261f. Tese (Doutorado em Linguística) - Universidade Estadual de Campinas, 1996.
MARINHO, José A. Magalhães. As Lutas Camponesas e o Cercamento do Médio do rio Xingu (PA): A Construção da Hidrelétrica Belo Monte. 2019 291f. Tese (Doutorado em Ciências - Geografia Humana) – Universidade de São Paulo, 2019.
MENEZES, Maria; Menezes, Faustino e Novak, Maria. Formação inicial de professores indígenas: ações desenvolvidas no estado do Paraná. Revista Ibero-Americano de Estudos em Educação, Araraquara, v.16, n. especial, p. 910-925, 2021.
MOITA, Maria da Conceição. Percursos de formação e de transformação. In: NÓVOA, António (Org.) Vidas de professores. Editora Porto: Portugal, 1995, p.11-30.
MONARCHA, Carlos. História da educação (Brasileira): formação do campo, tendências e vertentes investigativas. História da Educação, ASPEHE/FAE/EFPel, Pelotas, n. 21, 2007, p.57-77.
MULLER, Regina. Estudo de Viabilidade – UHE Kararaô. Antropologia Indígena, v. 1, Brasília, 1988.
NORTE ENERGIA, Ata (1Encontro de Educação Escolar Indígena do Médio Xingu), 2011.
NÓVOA, António. O processo histórico de profissionalização do professorado. In: NÓVOA, António. (Org.). Profissão professor. Porto: editora Porto, 1992, p. 15-33.
REIS, Neila. Política Educacional Indigenista: suas implicações no Xingu. Educere, Cascavel, 2015, p.549-561.
RIBEIRO, Sandra Teixeira. Narrativas de professoras indígenas: reconstruindo histórias de Identidade e Preconceitos. 2011. 134f. Dissertação (Mestrado em Letras), Universidade Federal da Grande Dourados), 2011.
ROSEMBERG, Fúlvia; AMADO, Tina. Mulheres na escola. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n.80, p. 62-74, 1992.
SANTOS, N. M. As trajetórias das mulheres intelectuais indígenas no Ensino Superior: experiências das Kaiowá e Guarani na Licenciatura Intercultural- Teko-Arandu UFGD, 2018. Dissertação (Mestrado em Antropologia). Universidade Federal da Grande Dourados, 2018.
SARAIVA, Marcia Pires. Identidade multifacetada: a reconstrução do ser indígena entre os Juruna do médio Xingu. NAEA: Belém, 2008.
SARAIVA, Marcia Pires. Vai dá muito trabalho! Cultura escolar, História e Educação (ões) entre os Juruna da TI Paquiçamba, Xingu- Pará (1994-2014). 2023. Tese. 331f (Doutorado em Educação). Universidade de São Paulo, 2023.
SILVA, Vivian B. Experiências, interpretações, compreensões e, quem sabe, reinvenções: notas sobre os sentidos dos textos das professoras. In: NACARATO, Adair M; GRANDO, Célia; SILVA, Vivian B. (Org.). Nos bastidores de uma escola pública: tecendo vozes dos atores...revelando cenas, produzindo olhares. Campinas: São Paulo: Mercado de Letras, 2012, p.317-342.
STEPHANOV, Maria H; BASTOS, Maria H. História, memória e história da educação. In___. Histórias e memórias de educação no Brasil. vol III, século XX, Petrópolis: Rio de Janeiro: Vozes, 2011, p. 416-429.
STORCH, Cleude; TAMBORIL, Maria Ivonete. Políticas de Formação e Carreira Docente Indígena em contexto Amazônico. Psicologia: Ciência e Profissão, 2021, v.1, p 1-13.
TEIXEIRA, Vale; ISIS, Aline; RABELO, Ana Maria. A escola indígena tem gênero? Explorações a partir da vida das mulheres e professoras Xacriabá. Práxis Educativa (Brasil), v. 7, p. 55-83, 2012. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/894/89425835004.pdf. Cesso em 20 de jun. 2024.
VIDAL, Diana; FARIA FILHO, Luciano; PAULILO, André. A cultura escolar como categoria de análise e como campo de investigação na História da educação brasileira. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.30, n.1, p.139-159, 2004.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
© Marcia Pires Saraiva 2025

Ce travail est disponible sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International .
En soumettant le matériel pour la publication, l'auteur.e declare se mettre d’accord sur les conditions suivantes:
a) Les droits de chaque article reste la propriété de l’auteur.e concerné.e, qui cède à la revue les droits de la première publication. La revue fonctionne sous licence Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional. qui permet de la reproduction de ses contenu et à condition de citer la source et reconnaissance de publication initiale dans cette revue.
b) Cette revue offre un accès public à l’ensemble de son contenu, car cela permet une plus grande visibilité et une plus grande portée des articles et des critiques publiés. Pour plus d'informations sur cette approche, visitez le Public Knowledge Project, un projet qui a développé ce système pour améliorer la qualité académique et publique de la recherche, en distribuant OJS ainsi que d'autres logiciels pour soutenir le système de publication d'accès public aux sources académiques. Les noms et adresses e-mail sur ce site seront utilisés exclusivement aux fins de la revue et ne sont pas disponibles à d'autres fins.
Ce travail est autorisé avec une licence Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.