O sujeito indígena Terena no ciberespaço: territorialidades e discursividades em disputa
DOI:
https://doi.org/10.51359/2175-294x.2022.254097Keywords:
Terena people, identification processes, media speech, digital social networks.Abstract
This article aims to problematize the ways in which the Terena people of Mato Grosso do Sul built, in cyberspace and on the social network Facebook, other meanings to the establisheddiscourses about what it means to be indigenous, promoting resignifications in crystallized discursivities. The analysis is based on the discursive-deconstructivist theoretical framework of Coracini (2003a; 2003b; 2007) and the contributions of post-colonial authors and Decoloniality, in addition to the notions of territoriality and (multi)territoriality, as proposed by Haesbart (2004).References
AUTHIER-REVUZ, Jacqueline. Palavras incertas: as não-coincidências do dizer. Campinas: Unicamp, 1998.
AZANHA, Gilberto. Etnodesenvolvimento, mercado e mecanismo de fomento: possibilidades de desenvolvimento sustentado para as sociedades indígenas no Brasil. In: SOUZA LIMA, A. de; BARROSO-HOFFMANN, M. (org.). Etnodesenvolvimento e políticas públicas: bases para uma nova política indigenista. Rio de Janeiro: Contracapa, 2002. p. 29-37.
BAUMAN, Zygmunt. Globalização: as consequências humanas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001.
BOLOGNINI, Nelson Jr. A tradição etnográfica como regime de verdade na metodologia de pesquisa em LA. In: CORACINI, Maria José; BERTOLDO, Ernesto (orgs.). O desejo da teoria e a contingência da prática. Discursos sobre e na sala de aula. Campinas: Mercado de Letras, 2003. p. 85-94.
CARDOSO, Wanderley Dias. A história da educação escolar para o Terena: origem e desenvolvimento do ensino médio na aldeia Limão Verde. 143 f. 2011. Tese (Doutorado em História). Pontifícia Universidade Católica, Porto Alegre, 2011.
CASTELLS, Manuel. A galáxia da internet: reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2010.
CORACINI, Maria José; BERTOLDO, Ernesto (orgs.). O desejo da teoria e a contingência da prática. Discursos sobre e na sala de aula. Campinas: Mercado de Letras, 2003a.
CORACINI, Maria José (org.). Identidade & discurso: (des)construindo subjetividades. Campinas: Editora da UNICAMP, Chapecó: Argos, 2003b.
CORACINI, Maria José. A celebração do outro: arquivo, memória e identidade. Campinas: Mercado de Letras, 2007.
CRESPE, Aline C.; SILVESTRE, Célia F. Tekoha, nhande reko, kokue: o território como condição para a produção de alimentos e do modo de vida bom e belo entre os kaiowá e os guarani. In: PEREIRA, Levi M.; SILVESTRE, C. F.; CARIAGA, D. E. (orgs.). Saberes, sociabilidades, formas organizacionais e territorialidades entre os Kaiowá e os Guarani em Mato Grosso do Sul. Dourados, MS: Ed. UFGD, 2018.
DAES, Erica-Irene A. La contribución del Grupo de Trabajo sobre Poblaciones Indígenas a la Genesis y evolución de la Declaración de La ONU sobre los Derechos de los Pueblos Indígenas. In: CHARTERS, C.; STAVENHAGEN, R. (ed.) El desafío de la declaración. Historia y futuro de la declaración de la ONU sobre pueblos indígenas. Copenhague: IWGIA, 2010. p. 194-209. Disponível em: https://www. corteidh.or.cr/tablas/r26641.pdf. Acesso em 17 jan. 2022.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia.. 2 ed. Rio de Janeiro: Editora 34, 1996. v.1.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. Rio de Janeiro: Editora 34, 1997.v. 5.
DUSSEL, Enrique. 1492 el encubrimiento del otro: hacia el origen del mito de la modernidad. México: Nueva Utopia, 1994.
FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 1996.
FOUCAULT, Michel. A arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2008.
FRAGOSO, S.; REBS, R. R.; BARTH, D. L. Territorialidades virtuais. Identidade, posse e pertencimento em ambientes multiusuário online. Revista Matrizes, São Paulo, 5, n. 1, 2011. p. 211-225
GIDDENS, Anthony. O mundo na era da globalização. Lisboa: Presença, 2000.
GUATTARI, Félix; ROLNIK, Suely. Micropolítica: cartografias do desejo. Petrópolis: Vozes, 2005.
GUERRA, Vânia M. L. O indígena de Mato Grosso do Sul: práticas identitárias e culturais. São Carlos: Pedro & João Editores, 2010.
GUERRA, Vânia M. L. Povos indígenas: identidade e exclusão social. Campo Grande: Ed. UFMS, 2015.
HAESBAERT, Rogério. O mito da desterritorialização: do “fim dos territórios” à multi-territorialidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004.
HALL, Stuart. A. A identidade cultural na pós-modernidade. Tradução de Tomaz Tadeu da Silva. 4 ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.
HALL, Stuart. Sin garantías: Trayectorias y problemáticas en estudios culturales. E. Restrepo, C. Walsh y V. Vich (eds.) Instituto de estudios sociales y culturales Pensar, Universidad Javeriana. Instituto de Estudios Peruanos, Universidad Andina Simón Bolívar, sede Ecuador, Envión Editores, 2010.
HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de. Janeiro: Objetiva, 2016.
IBGE. Censo Demográfico 2010 – Características Gerais da População. Resultados da Amostra. IBGE, 2010. Disponível em: https://ww2.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/default_resultados_amostra.shtm Acesso em: 02 maio 2022.
LEMOS, André. A comunicação das coisas: teoria ator-rede e cibercultura. São Paulo: Annablume, 2013.
MACHADO, Almires Martins. Terena, guarani, kaiowá e guateka: convivência entre nós e os outros. In: MOTA, Juliana G. B.; CAVALCANTE, Thiago L. Vieira (orgs.) Reserva Indígena de Dourados: Histórias e Desafios Contemporâneos. Ebook, São Leopoldo: Karywa, 2019.
MALINI, Fábio; ANTOUN, Henrique. A Internet e a rua: ciberativismo e mobilização nas redes sociais. Porto Alegre: Sulinas, 2013.
MARTINS, Elemir S. O papel das lideranças tradicionais na demarcação das terras indígenas Guarani e Kaiowá. Tellus, Campo Grande, v. 15, n. 29, p. 153-172, jul./dez. 2015.
MICHAELIS. Moderno Dicionário da Língua Portuguesa. Disponível em: http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php Acesso em: 10 jan. 2022.
PORTO-GONÇALVES, Carlos W. De saberes e de territórios: diversidade e emancipação a partir da experiência latino-americana. In: CECEÑA, A. E. (org.). De los saberes de la emancipación y de la dominación. Buenos Aires: Consejo Latino americano de Ciencias Sociales - CLACSO, 2008.
QUIJANO, Anibal. Colonialidad y Modernidad-Racionalidad. In: BONILLA, H. (org.). Los conquistados: 1492 y la población indígena da las Américas. Santafé de Bogotá, Colombia: Tercer Mundo; Ecuador: FLACSO: Libri Mundi, 1992. p. 437-447.
QUIJANO, Anibal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, Edgardo (org). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Colección Sur Sur, CLACSO, Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina. Setembro, 2005.
SIBILA, Paula. O homem pós-orgânico: a alquimia dos corpos e das almas à luz das tecnologias digitais. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 2002.
SIBILA, Paula. “Você é o que Google diz que você é”: a vida editável, entre controle e espetáculo. Intexto, Porto Alegre, UFRGS, n. 42, p. 214-231, maio/ago. 2018.
SIQUEIRA, E. M. de; BRAND, Antônio J. Os Kaiowá e Guarani no Mato Grosso do Sul: os conflitos de terra e as marcas do SPI. Anais... Anais do XVII Encontro Regional de História – O lugar da História. ANPUH/SPUNICAMP. Campinas, 6 a 10 de setembro de 2004. CD-ROM.
SOUZA SANTOS, Boaventura de (org.). A globalização e as ciências sociais. São Paulo: Cortez, 2003.
VARGAS, Vera Lúcia Ferreira. A dimensão sociopolítica do território para os Terena: as aldeias nos séculos XX e XXI. 2011. 187f. Tese (Doutorado em História) – Universidade Federal Fluminense, Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, 2011.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2022 Nair Cristina Carlos de Medeiros

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Authors who publish with Revista Investigações agree to the following terms:
Authors retain copyright and grant the journal right of first publication with the work simultaneously licensed under the Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY 4.0) license that allows others to share the work with an acknowledgement of the work's authorship and initial publication in this journal.
Authors are able to enter into separate, additional contractual arrangements for the non-exclusive distribution of the journal's published version of the work (e.g., post it to an institutional repository or publish it in a book), with an acknowledgement of its initial publication in this journal.
You are free to:
Share — copy and redistribute the material in any medium or format for any purpose, even commercially.
Adapt — remix, transform, and build upon the material for any purpose, even commercially.
The licensor cannot revoke these freedoms as long as you follow the license terms.
Under the following terms:
Attribution — You must give appropriate credit , provide a link to the license, and indicate if changes were made . You may do so in any reasonable manner, but not in any way that suggests the licensor endorses you or your use.
No additional restrictions — You may not apply legal terms or technological measures that legally restrict others from doing anything the license permits.