O efeito de evidência dos sentidos nos processos algorítmicos do Facebook
DOI:
https://doi.org/10.51359/2175-294x.2022.253929Palabras clave:
ideologia, sentido, referência, algoritmos.Resumen
Neste trabalho, proponho lançar um olhar analítico sobre os processos algorítmicos que regulam o Facebook. Desse modo, busquei documentos que tratam sobre o uso de dados dos usuários e sobre o funcionamento do feed de notícias. A repetibilidade do adjetivo “relevante” nos textos encontrados suscitou questionamentos. Afinal, qual é o sentido de “relevante” para o Facebook? E o que o Facebook julga que seus usuários consideram como relevante? Interessa discutir neste artigo as relações de força no emaranhado tecno(ideo)lógico que determinam e enredam os sujeitos em diferentes formas de assujeitamento no espaço digital.
Citas
BENVENISTE, Émile. Da subjetividade na linguagem. In: BENVENISTE, Émile. Problemas de linguística geral I. Campinas: Pontes, 1995. p. 284-293.
CARDOSO, Sílvia Helena Barbi. A questão da referência: das teorias clássicas à dispersão de discursos. Campinas: Autores Associados, 2003.
HAN, Byung-Chul. No enxame: perspectivas do digital. Tradução de Lucas Machado. Petrópolis, RJ: Vozes, 2018.
INDURSKY, Freda. A fala dos quartéis e as outras vozes: uma análise do discurso presidencial da Terceira República brasileira (1964-1984). Tese (Doutorado em Linguística) - Universidade Estadual de Campinas, 1992.
INDURSKY, Freda. A fala dos quartéis e as outras vozes. 2. ed. Campinas: Editora da Unicamp, 2013.
KOCH, Ingedore Villaça. Referenciação e orientação argumentativa. In: KOCH, Ingedore Villaça; MORATO, Edwiges Maria; BENTES, Anna Christina (orgs.). Referenciação e discurso. São Paulo: Contexto, 2005.
MARTINS, Helena. Comunicações em tempos de crise: economia e política. São Paulo: Expressão Popular, Fundação Rosa Luxemburgo, 2020
MOROZOV, Evgeny. Big Tech: a ascensão dos dados e a morte da política. Tradução de Cláudio Marcondes. São Paulo: Ubu Editora, 2018.
PÊCHEUX, Michel; FUCHS, C. [1975]. A propósito da análise automática do discurso: atualização e perspectivas. In: GADET, Françoise; HAK, Tony (org.). Por uma análise automática do discurso: uma introdução à obra de Michel Pêcheux. Trad. de MARIANI, Betânia et al. 3. ed. Campinas: Editora da Unicamp, 1993. p. 163-252.
PÊCHEUX, Michel. Semântica e discurso: uma crítica à afirmação do óbvio [1975]. Tradução de Eni Puccinelli Orlandi et al. Campinas: Ed. Universidade Estadual de Campinas, 1995.
PÊCHEUX, Michel. Análise de Discurso e Informática [1981]. Tradução de Cristiane Dias. In: ORLANDI, Eni Puccinelli. Análise de Discurso: Michel Pêcheux. 3. ed. Campinas, SP: Pontes Editores, 2012. p. 275-282.
PÊCHEUX, Michel. Ler o arquivo hoje [1982]. Tradução de Maria das Graças Lopes Morin do Amaral. In: ORLANDI, Eni Puccinelli et al. (org.). Gestos de leitura: da história no discurso. 4. ed. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2014. p. 57-68.
PEQUENO, Vitor. Tecnologia e esquecimento: uma crítica a representações universais de linguagem. Campinas: Pontes Editores, 2020.
PERUZZO, C. M. K. Possibilidades, realidade e desafios da comunicação cidadã na web. MATRIzes, São Paulo, v. 12, n. 3, p. 77-100, set./dez. 2018.
ROBIN, Régine. História e linguística. Tradução de Adélia Bolle. São Paulo: Editora Cultrix, 1977.
SAUSSURE, F. de. Imutabilidade e mutabilidade do signo. In: SAUSSURE, F. de. Curso de Linguística Geral. 28. ed. São Paulo: Cultrix, 2000. p. 85-93.
ZUBOFF, Shoshana. Big Other: capitalismo de vigilância e perspectivas para uma civilização de informação. Tradução: Antonio Holzmeister Oswaldo Cruz e Bruno Cardoso. In: BRUNO, Fernanda et al. (orgs.). Tecnopolíticas da vigilância: perspectivas da margem. São Paulo: Boitempo, 2018.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Lisiane Schuster Gobatto

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Autores que publicam na Revista Investigações concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (exemplo: depositar em repositório institucional ou publicar como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Qualquer usuário tem direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial.
Adaptar — remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.