O CONTRAESPAÇO DOS POVOS INDIGENAS DA TRANSAMAZÔNICA E XINGU

Auteurs

DOI :

https://doi.org/10.32359/debin2023.v6.n21.p139-159

Mots-clés :

Povos indígenas, Contraespaço, Barragem de Belo Monte, Rio Xingu.

Résumé

Esse trabalho faz uma reflexão sobre as lutas por direitos dos povos indígenas, na região da Transamazônica e Xingu, no estado do Pará. Analisamos os registros de algumas mobilizações desses povos, ocorridas nas últimas duas décadas. Trata-se de ações realizadas pelos povos Parakanã, Assurini, Araweté, Kayapó, Xypaia, Kuruaya, Juruna e Arara da Bacia do Xingu e Transamazônica, antes, durante e depois da construção da Barragem de Belo Monte, no rio Xingu. A relação estabelecida entre o capital hegemônico e os povos do Xingu, carrega práticas colonialistas. Mas a resistência secular dos povos originários segue contrariando o espaço hegemônico ditado pelo capital. O contraespaço indígena está construindo outras racionalidades no oeste do Pará.

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Publiée

2023-11-07

Comment citer

dos Santos Souza, A. P. (2023). O CONTRAESPAÇO DOS POVOS INDIGENAS DA TRANSAMAZÔNICA E XINGU. Revista Debates Insubmissos, 6(21), 139–159. https://doi.org/10.32359/debin2023.v6.n21.p139-159

Numéro

Rubrique

Dossiê - Povos indígenas e suas epistemologias como expressão de educações nas lutas de reexistir nos processos históricos/sociais

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