O CONTRAESPAÇO DOS POVOS INDIGENAS DA TRANSAMAZÔNICA E XINGU
DOI :
https://doi.org/10.32359/debin2023.v6.n21.p139-159Mots-clés :
Povos indígenas, Contraespaço, Barragem de Belo Monte, Rio Xingu.Résumé
Esse trabalho faz uma reflexão sobre as lutas por direitos dos povos indígenas, na região da Transamazônica e Xingu, no estado do Pará. Analisamos os registros de algumas mobilizações desses povos, ocorridas nas últimas duas décadas. Trata-se de ações realizadas pelos povos Parakanã, Assurini, Araweté, Kayapó, Xypaia, Kuruaya, Juruna e Arara da Bacia do Xingu e Transamazônica, antes, durante e depois da construção da Barragem de Belo Monte, no rio Xingu. A relação estabelecida entre o capital hegemônico e os povos do Xingu, carrega práticas colonialistas. Mas a resistência secular dos povos originários segue contrariando o espaço hegemônico ditado pelo capital. O contraespaço indígena está construindo outras racionalidades no oeste do Pará.
Références
CHAMBOULEYRON, Rafael Ivan. O Sertão dos Taconhapé: cravo, índios e guerras no Xingu seiscentista. In: SOUZA, C. M. de, e, CARDOZO, A. (orgs). Histórias do Xingu: fronteiras, espaços e territorialidades (séculos XVII –XXI). Belém: EDUFPA, 2008.
BELTRÃO, Jane Felipe. Natureza de Nossa Vida! Barragem, Não Aceito! O Xingu é Sagrado. In: SOUZA, C. M. de, e, CARDOZO, A. (orgs). Histórias do Xingu: fronteiras, espaços e territorialidades (séculos XVII –XXI). Belém: EDUFPA, 2008.
JGP – Consultorias e Participações Ltda. 37o Relatório de Monitoramento Socioambiental
Independente do Projeto UHE Belo Monte para o BNDES. São Paulo: 2022.
MOREIRA, Ruy. Geografia e práxis: a presença do espaço na teoria e na prática geográfica. São Paulo: Contexto, 2021.
______________, Sociedade e espaço geográfico no Brasil: constituição e problemas de relação. São Paulo: Contexto, 2021.
NORTE ENERGIA S.A. RELATÓRIO DO PBA DO COMPONENTE INDÍGENA DA UHE BELO MONTE- PROGRAMA MÉDIO XINGU, 2011
PARENTE, Francilene de Aguiar. “Eles são indígenas e nós também”: pertenças e identidades étnicas entre Xypaia e Kuruaya em Altamira/Pará. Tese (doutorado), UFPA, Belém: 2016.
SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço: Técnicas e Tempo, Razão e Emoção. 4ª ed. 10ª reimpr. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo – EDUSP, 2020.
SEVÁ FILHO, Arsenio Osvaldo. Tenotã-Mõ: alerta sobre as consequências dos projetos hidrelétricos no rio Xingu. São Paulo: IRN, 2005.
SOBREIRO FILHO, José e Costa, Bruna Gonçalves. As políticas contenciosas dos movimentos socioterritoriais na Amazônia Legal: ensaio geográfico a partir do DATALUTA Floresta. In: CASTRO, Cláudio Eduardo, SOBREIRO FILHO, J. SAQUET, M. A. e VINHA, J. F. S. C. (orgs). Geografias fora do eixo: por outras geografias feitas com práxis territoriais. Paraná: 2022, Editora Liberdade/EDUEMA, 2022.
SOUZA, Estella Libardi. Povos indígenas e licenciamento ambiental: o componente indígena da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. IV Encontro Nacional de Antropologia do Direito – ENADIR, Grupo de Trabalho 13: Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais perante o direito: práxis jurídicas dentro, fora e contra a ordem, São Paulo/SP, 2015.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
© Revista Debates Insubmissos 2023

Ce travail est disponible sous licence Creative Commons Attribution - Pas d'Utilisation Commerciale - Pas de Modification 4.0 International.
