Formação de professores(as) de Educação Física: tensões e perspectivas
DOI:
https://doi.org/10.51359/2525-7668.2025.265324Palavras-chave:
educação física, educação física escolar, formação de professor(a), ordenamentos legaisResumo
A formação de professores(as) em Educação Física no Brasil tem sido tema de intensos debates acerca de quais concepções se têm formado os(as) professores(as) que vão atuar nos sistemas e redes de ensino do Brasil. Nessa perspectiva o artigo objetiva: analisar o processo de expansão dos cursos de Educação Física nas instituições de ensino superior e discutir, quais são as principais tendências que contemporaneamente estão presente nos embates epistemológicos para a formação e atuação do(a) professor(a) de Educação Física. Para tanto desenvolvemos um estudo teórico com suporte documental. Dentre os resultados encontrados destacamos: na contemporaneidade, a formação profissional em Educação Física tem sido cada vez mais dominada pela lógica neoliberal privatista com expansão dos cursos privados e a distância e embates entre concepções divergentes de formação com ênfase no mercado de trabalho, na defesa da licenciatura de caráter ampliado e no modelo crítico-reflexivo.
Referências
Adorno, Theodor. Teoria da semicultura – Parte I. Revista Educação e Sociedade, n. 56, ano XVII, dez. 1996a.
Adorno, Theodor. Teoria da semicultura – Parte II. Revista Educação e Sociedade, n. 56, ano XVII, dez. 1996b.
Adorno, Theodor. Educação e emancipação. São Paulo: Paz e Terra, 2020.
Azevedo, Ângela. Novas abordagens sobre o currículo de formação superior em educação física no Brasil: memória e documentos. (Dissertação de Mestrado em Educação Física) Rio de Janeiro, UGF, 1999.
Azevedo, Ângela; Malina, André. Memória do currículo de formação profissional em educação física no Brasil. Rev. Bras. Cienc. Esporte, Campinas, v. 25, n. 2, jan. 2004.
Betti, Mauro. Perspectivas na formação profissional. In: Moreira, Wagner (org.). Educação física e esportes: perspectivas para o século XXI. Campinas: Papirus, 1992.
Bettti, Mauro. A educação física não é mais aquela. Motriz, v. 1, n. 1, jun. 1995.
Bracht, Valter. Educação Física & ciência: cenas de um casamento (in) feliz. Unijuí, 2014.
Bracht, Valter. A educação física escolar no Brasil: o que ela vem sendo e o que ela pode ser (elementos de uma teoria pedagógica da educação física). Ijuí: Unijuí, 2019.
Brasil. Resolução nº 09, de 06 de outubro de 1969. Brasília, Conselho Federal de Educação, 1969.
Brasil. Resolução nº 03, de junho de 1987. Fixa os mínimos de conteúdo e duração a serem observados nos cursos de graduação em Educação Física (Bacharelado e/ou Licenciatura Plena). Brasília, Conselho Federal de Educação, 1987.
Brasil. Lei nº 9.696, de 1 de setembro de 1998. Dispõe sobre a regulamentação da Profissão de Educação Física e cria os respectivos Conselho Federal e Conselhos Regionais de Educação Física. Brasília, 1998.
Brasil. Resolução CNE/CES nº 6, de 18 de dezembro de 2018. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de Graduação em Educação Física e dá outras providências. Brasília, CNE, 2018.
Broch, Caroline et al. A expansão da educação física no ensino superior brasileiro. J. Phys. Educ., v. 31, e3143, 2020.
Da Costa, Lamartine. Diagnóstico de Educação Física/desporto no Brasil. Rio de Janeiro, Ministério da Educação e Cultura: Fundação Nacional de Material Escolar, 1971.
Da Costa, Lamartine. Formação profissional em educação física, esporte e lazer no Brasil: memória, diagnóstico e perspectivas. Blumenau: Ed. FURB, 1999.
Darido, Suraya. Teoria, prática e reflexão na formação profissional em Educação Física. Motriz, v. 1, n. 2, dez. 1995.
Darido, Suraya. Educação Física na escola: questões e reflexões. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
Evangelista, Olinda. Apontamentos para o trabalho com documentos de política educacional. In: Araújo, R. M. L.; Rodrigues, D. S. (Org.). A pesquisa em trabalho, educação e políticas educacionais. Campinas: Alínea, 2012. p. 52-71.
Evangelista, Olinda; Triches, Jocemara. Professor(a): a profissão que pode mudar um país? Revista HISTEDBR On-line, [S.l.], v. 15, n. 65, dez. 2015.
Faria Junior, Alfredo. Professor de educação física, licenciado generalista. In: Oliveira, Vitor (Org.). Fundamentos pedagógicos: Educação Física. Rio de Janeiro: Ao livro Técnico, 1987.
Faria Junior, Alfredo. Perspectivas na formação profissional em educação física. In: Moreira, Wagner (Org.). Educação física e esportes: perspectivas para o século XXI. Campinas: Papirus, 1992.
Figueiredo, Zenólia; Alves, Cláudia. Formação de professores de educação física no Brasil: implicações e perspectivas. In: Soares, Marta; Lara, Pedro (org.). Formação profissional e mundo do trabalho [recurso eletrônico]. Natal: EDUFRN, 2020.
Freire, Paulo. À sombra desta mangueira. 12. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2019.
Freitas, Helena. A (Nova) Política de Formação de Professores: a prioridade postergada. Educ. Soc. Campinas, v. 28, n. 100 esp., out. 2007.
Gil, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP). Sinopse Estatística da Educação Superior 2020. DF: MEC, INEP, 2020. https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/pesquisas-estatisticas-e-indicadores/censo-da-educacao-superior/resultados. Acesso em: 08 de abril de 2022.
Nóvoa, Antonio. O passado e o presente dos professores. In: Nóvoa, Antonio (org.). Profissão Professor. 2. ed. Porto, Porto Editora, 1995.
Oliveira, Amauri; Da Costa, Lamartine. Educação Física/Esporte e formação profissional/campo de trabalho. In: Goellner, Silvado (Org.). Educação Física/Ciências do Esporte: Intervenção e conhecimento. Florianópolis: Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte, 1999.
Rangel-Betti; Irene; Betti, Mauro. Novas perspectivas na formação profissional em Educação Física. Motriz, v. 2, n. 1, jun. 1996.
Shiroma, Eneida. Gerencialismo e formação de professores nas agendas das Organizações Multilaterais. Momento: diálogos em educação, v. 27, n. 2, mai./ago. 2018.
Soares, Carmen Lúcia. Educação Física: raízes européias e Brasil. 4. ed. Campinas: Papirus, 2007.
Souza Neto, Samuel et al. A formação do profissional de Educação Física no Brasil: uma história sob a perspectiva da legislação federal do século XX. Rev. Bras. Cienc. Esporte, Campinas, v. 25, n. 2, jan. 2004.
Steinhilber, Jorge. Profissional de educação física existe? Porque regulamentar a profissão!!! Rio de Janeiro: Editora Sprint, 1996.
Taffarel, Celi. Currículo, formação profissional na educação física e esportes e campos de trabalho em expansão: antagonismos e contradições da prática social. Movimento, ano IV, n. 7, 1997.
Taffarel, Celi. Formação de professores de educação física: diretrizes para a formação unificada. Kinesis, v. 30, n. 1, jan./jun. 2012.
Taffarel, Celi; Santana, Matheus; Luz, Sidneia. Formação de professores de educação física: a disputa nos rumos da formação. Revista Fluminense de Educação Física, Edição Comemorativa, v. 02, ano 02, jun. 2021.
Torjal, João. Corpo ativo e preparação. IN: Moreira, Wagner. Século XXI: a era do corpo ativo. Campinas: Papirus, 2006.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Renan Santos Furtado, Lucília da Silva Matos, Carlos Nazareno Ferreira Borges

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
1. Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença CreativeCommons Atribuição 4.0
Internacional (texto da Licença:https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/)que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. - Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).