Meia-volta na Ciranda: Reflexões sobre decolonialidade na Dança

Autores

  • Neilla Baldi Universidade Federal da Bahia
  • Thaís Marques Universidade Federal de Santa Maria
  • Djenifer Nascimento Universidade Federal de Santa Maria

DOI:

https://doi.org/10.33052/inter.v5i8.241594

Palavras-chave:

Dança, Decolonialidade, Pedagogia da Dança

Resumo

Este texto fala da decolonialidade na Dança a partir da análise da intervenção artística Meia-volta na Ciranda, criada pelo Grupo de Pesquisa sobre (Es)(Ins)critas do/no Corpo (Corpografias), vinculado ao curso de Dança-Licenciatura da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). O objetivo é refletir de que maneira o processo criativo que resultou na obra Meia-volta na Ciranda pode auxiliar as criadoras-intérpretes a repensarem suas práticas artísticas/pedagógicas em Dança em uma perspectiva decolonial. Para isso, apresenta os conceitos de colonialidade e suas diferentes formas, bem como o de decolonialidade, e discute as colonialidades presentes nas danças das integrantes do Corpografias. Por fim, o artigo propõe alguns modos de pensar a dança a partir de uma pedagogia decolonial.

Biografia do Autor

Neilla Baldi, Universidade Federal da Bahia

Professora Assistente do Curso de Dança-Licenciatura. Doutora em Artes Cênicas pela UFBA. Coordenadora do Grupo de Pesquisa sobre (Es)(Ins)critas do/no Corpo.

 

 

Thaís Marques, Universidade Federal de Santa Maria

Licencianda em Dança pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Bolsista do Fundo de Incentivo à Pesquisa (Fipe-JR). Integrante do Corpografias.

Djenifer Nascimento, Universidade Federal de Santa Maria

Licencianda em Dança pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Integrante do Corpografias.

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Publicado

2019-06-22