Estado capitalista versus campesinato: reflexões sobre a questão agrária na região do Cariri Cearense

Autores

DOI:

https://doi.org/10.51359/2675-3472.2021.247622

Palavras-chave:

estado capitalista, campesinato, questão agrária, cariri cearense

Resumo

O Presente artigo objetiva discutir as relações contraditórias entre o Estado capitalista e o campesinato caririense. Tomamos como ponto de partida o período colonial para contextualizar historicamente, as principais ações do Estado em diferentes momentos de invasões, apropriações e lutas pela propriedade das terras entre as populações locais, como índios e camponeses contra invasores portugueses e aqueles oriundos de outros estados do Nordeste. Realizamos a pesquisa com o aporte teórico dos autores Brito (2016), Fernandes (2001), Jonh Locke (2002), Martins (1995) e Oliveira (2007), utilizando como técnica de coleta de dados estudo bibliográfico, documental e pesquisa de campo.  É fato que os camponeses foram aos poucos sendo esmagados pelo poder do Estado devido à dificuldade de unificação de suas pautas, contudo, é indiscutível a resiliência do campesinato na questão agrária brasileira, conforme veremos nas lutas e resistências, passadas e atuais dos camponeses caririenses.

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Biografia do Autor

Ana Roberta Duarte Piancó, Universidade Regional do Cariri - URCA

Doutoranda em Educação pela UFRN. Mestre em Geografia pela Universidade Federal de Pernambuco , Professora da Universidade Regional do Cariri - URCA , Curso de Geografia , Departamento de GEOCIÊNCIAS

Francisco Wlirian Nobre, Universidade Federal da Paraíba

Doutorando pelo Programa de Pós Graduação em Geografia - PPGG da Universidade Federal da Paraíba – UFPB. Mestre em Desenvolvimento Regional Sustentável pela Universidade Federal do Cariri - UFCA.

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Publicado

2021-09-04

Como Citar

Piancó, A. R. D., & Nobre, F. W. (2021). Estado capitalista versus campesinato: reflexões sobre a questão agrária na região do Cariri Cearense. Revista Mutirõ. Folhetim De Geografias Agrárias Do Sul, 2(1), 99–120. https://doi.org/10.51359/2675-3472.2021.247622

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