Da fazenda para a fábrica eu passei pela escola: Educação para o capital no Brasil industrial e a estigmatização do homem e da mulher do campo

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.51359/2675-3472.2021.252347

Palabras clave:

Educação Urbano-Industrial , Currículo , Estigmatização do Sujeito do Campo , educação do campo

Resumen

Este trabalho tem a intenção de expor parte da pesquisa realizada na Região do Bico do Papagaio, Tocantins, Brasil, entre os anos de 2017 e 2020, sobre a trajetória de professoras do campo e sua relação com o curso de licenciatura em Educação do Campo da UFT. Neste excerto, se reflete os matizes que orientam a formação escolar brasileira, baseados em valores, princípios e referências de uma sociedade urbana e aplicados indistintamente à Educação que serve ao sujeito do campo. Assim, o espaço-tempo escola se desenvolve descontextualizando seres humanos de sua experiência real-concreta, esvaziando a perspectiva de organização de vida e de futuro àqueles e àquelas que produzem alimentos e manejam organicamente a biodiversidade. Destaca-se ainda a reprodução pela escola de estereótipos pejorativos desse sujeito, reforçando uma ideologia elitista-urbanizada dos sujeitos do campo. A metodologia fundamental utilizada para esta reflexão foi a pesquisa participante, tendo como cabedal teórico a Pedagogia Crítica e a Geografia Crítica.

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Publicado

2021-12-31

Cómo citar

Oliveira, U. F. de, de Oliveira, A. F., & Chaveiro, E. F. (2021). Da fazenda para a fábrica eu passei pela escola: Educação para o capital no Brasil industrial e a estigmatização do homem e da mulher do campo. Revista Mutirõ. Folhetim De Geografias Agrárias Do Sul, 2(3), 45–68. https://doi.org/10.51359/2675-3472.2021.252347

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