Sobre a complexidade das vivências estudantis entre o espaço rural e urbano
DOI:
https://doi.org/10.51359/2525-6092.2021.249244Palavras-chave:
Urbano e rural, Relações socioambientais, Depredação escolar.Resumo
Esse artigo tem por objetivo tecer uma análise crítica e reflexiva sobre uma pesquisa desenvolvida em curso de pós-graduação a partir da qual organiza-se nova agenda de pesquisa que possibilite compreender a complexidade das vivências estudantis que se movem entre o espaço rural e o urbano, bem como os impactos e as influências mútuas entre os estudantes e esses ambientes. Nessa perspectiva, problematiza-se, neste ensaio, os resultados de pesquisa desenvolvida em uma escola pública estadual que objetivou compreender os fatores que mobilizavam estudantes a depredarem o patrimônio escolar. De modo a estabelecer um padrão de análise e por adequar-se ao novo objeto de pesquisa verifica-se na metodologia de trabalho adotada sua relevância e efetividade na obtenção das informações, dessa constatação concebe-a como metodologia pretendida para desenvolvimento da nova proposta de pesquisa. Assim, a pesquisa assume sua natureza qualitativa com abordagem (auto) biográfica cujos instrumentos utilizados para coleta das informações foram grupo focal e as entrevistas narrativas. Compreende-se a relevância da nova proposta de pesquisa ao verificar que a produção do conhecimento científico, em se tratando das relações entre o urbano e o rural, numa perspectiva compreensiva ainda são bastante reduzidas conforme literatura consultada.
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