Competências socioemocionais
a formação do capital para a juventude brasileira
DOI :
https://doi.org/10.51359/2448-0215.2023.260242Mots-clés :
políticas educacionais, competências socioemocionais, bncc, reforma do ensino médioRésumé
O artigo trata sobre a problemática das competências socioemocionais na formação da juventude. Refere-se a uma pesquisa bibliográfica e documental, qualitativa, sob a perspectiva do Materialismo Histórico-dialético. Analisa-se as proposições formativas dos organismos internacionais como Banco Mundial e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para a Educação Básica, sobretudo em relação às competências socioemocionais que buscam, em última instância, incorporar à educação as demandas do mercado, constituindo sujeitos flexíveis. Diante desse quadro, a BNCC e a reforma do Ensino Médio representam a redefinição das políticas educacionais brasileiras em acordo com os interesses hegemônicos na sociabilidade do capital. Distante de uma educação integral, a BNCC e a reforma do Ensino Médio buscam subsumir a subjetividade da juventude brasileira ao projeto formativo dos dominantes e a incredulidade quanto a possibilidade de transformação da forma social vigente.
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