Desvelando identidades: realismo e subjetividade em Rio-Paris-Rio, de Luciana Hidalgo
DOI:
https://doi.org/10.51359/2175-294x.2020.245169Palavras-chave:
realismo, identidade, memória, subjetividade.Resumo
O realismo tem impregnado a literatura brasileira por muito tempo, assumindo, inclusive, um caráter ideológico. Ele permanece na prosa contemporânea, ainda que apresentando novas faces. Em Rio-Paris-Rio (2016), há uma forte perseguição identitária, tanto individual quanto coletiva, impulsionada e fundamentada na memória, retomando não apenas a trajetória política do país como também as lembranças pessoais das personagens. Nesse sentido, o realismo e a subjetividade tornam-se aliados na elaboração dos acontecimentos históricos e dos sujeitos envolvidos. Silêncio e segredo são transcendidos pela força da herança, da inescapável memória que contamina a todos.
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