Navegando com o Velho do Restelo no mar d’As naus
DOI:
https://doi.org/10.51359/2175-294x.2024.263067Parole chiave:
estudo comparativo, literatura portuguesa, Camões, Lobo AntunesAbstract
Este estudo visa investigar se as críticas expressas pelo narrador e por Vasco da Gama na obra As naus, de Lobo Antunes, já estavam implícitas nas advertências proferidas pelo personagem O Velho do Restelo no Canto IV de Os Lusíadas, de Luís de Camões. Para conduzir nossa análise, consultamos teóricos como Antônio J. Saraiva, Óscar Lopes, Cleonice Berardinelli e Linda Hutcheon, entre outros. Com base neste arcabouço teórico, concluímos que a crítica desconstrutiva de Lobo Antunes constitui uma maturação amarga e severa do prognóstico delineado por Luís de Camões através da figura do Velho do Restelo.
Riferimenti bibliografici
ANTUNES, António Lobo. As naus. Lisboa: Edições Don Quixote, 1988.
BERARDINELLI, Cleonice. Estudos camonianos. 2. ed., revista e ampliada. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000.
CAMÕES, Luís de. Os Lusíadas. Comentado por Francisco da Silveira Bueno. Rio de Janeiro: Livros de Bolso Edições de Ouro, 1965.
GENETTE, Gérad. Figuras III. Tradução: Ana Alencar. São Paulo: Estação Liberdade, 2017.
GINZBURG, Jaime. História e melancolia em Literatura e Civilização em Portugal. Estudos Portugueses Africanos, Campinas, v. 33, n. 34, p. 21-27, jan./dez. 1999. Disponível em: https://revistas.iel.unicamp.br/index.php/epa/article/view/5377. Acesso em: 11 jul. 2021.
GURGEL, Cristina B. F. M.; LEWINSOHN, Rachel. A medicina nas caravelas - Século XVI. Cadernos de História da Ciência, São Paulo, v. VI, n. 2, jul./dez. 2010. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/cadernos/article/view/35809. Acesso em: 16 jul. 2021.
HUTCHEON, Linda. Uma teoria da paródia: ensinamentos das formas de arte do século XX. Tradução: Teresa Louro Pérez. Lisboa: Edições 70, 1989.
NOBLE, Debbie Mello. Desconstrução e despertencimento em As Naus, de António Lobo Antunes. Revista Nau Literária, Porto Alegre, v. 08, n. 02, jul./dez. 2012. Disponível em https://seer.ufrgs.br/index.php/NauLiteraria/article/view/36226. Acesso em: 12 jul. 2021.
OLIVEIRA, Silvana Maria Pessôa de. As Naus do Discurso em Antonio Lobo Antunes. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DA ABRALIC, 11., 2008, São Paulo. Anais eletrônicos [...]. São Paulo: USP, 2008. Disponível em: https://abralic.org.br/eventos/cong2008/AnaisOnline/simposios/pdf/076/SILVANA_OLIVEIRA.pdf. Acesso em: 03 mar. 2022.
OLIVEIRA, Silvana Maria Pessôa de. Relendo as naus portuguesas - ironia e paródia na obra de Lobo Antunes. Revista Scripta, Belo Horizonte, v. 5, n. 8, p. 295-302, 2001. Disponível em: http://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/10417. Acesso em: 10 jul. 2021.
RODRIGUES, Inara de Oliveira. Entre a história e a ficção: diálogo de várias vozes no resgate da utopia. 2000. 367 f. Tese (Doutorado em Literatura) - Faculdade de Letras, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Porto Alegre: PUCRS, 2000.
SARAIVA, Antônio José; LOPES, Óscar. História da literatura portuguesa. 17. ed. Porto: Porto Editora, 2000.
SILVA, Teresa Cristina Cerdeira. De viagens e viajantes: Camões, Garrett e Saramago. Revista do centro de estudos português, Belo Horizonte, v. 19, n. 24, jan./jun. 1999. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/cesp/article/view/30731. Acesso em: 04 mar. 2022.
TAVARES, Enéias Farias. O desencanto histórico e religioso no romance As naus, de António Lobo Antunes. Revista Nau Literária, Porto Alegre, v. 05, n. 02, jul./dez. 2009. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/NauLiteraria/article/view/11176. Acesso em: 13 jul. 2021.
Downloads
Pubblicato
Come citare
Fascicolo
Sezione
Licenza
Copyright (c) 2024 Suelio Geraldo Pereira

TQuesto lavoro è fornito con la licenza Creative Commons Attribuzione 4.0 Internazionale.
Autores que publicam na Revista Investigações concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (exemplo: depositar em repositório institucional ou publicar como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Qualquer usuário tem direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial.
Adaptar — remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.