Polvos, aranhas e máquinas líricas: uma metodologia para poetas portugueses difíceis
DOI:
https://doi.org/10.51359/2175-294x.2025.265620Palavras-chave:
Herberto Helder, António Franco Alexandre, figuração autoral, lirismo, etologiaResumo
Herberto Helder e António Franco Alexandre são autores de alguns dos mais difíceis poemas da literatura portuguesa da segunda metade do século XX. A dificuldade de leitura muitas vezes parece decorrente da experiência de encontro com a outridade radical que o poema é e que tem suas raízes na moderna proposta de impessoalidade defendida por poetas como Rimbaud e Fernando Pessoa. O que aconteceria com a dificuldade de leitura se pensássemos que o poema é um polvo, uma aranha ou uma máquina?
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