RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL E SUA INSERÇÃO NO CONTEXTO DA FORMAÇÃO CONTINUADA DOCENTE

Autores

  • Josenildo Campos Brussio Universidade Estadual do Maranhão
  • Ana Patrícia Sá Martins Universidade Estadual do Maranhão -UEMA
  • Poliane de Lima Vaz da Costa Universidade Estadual do Maranhão-UEMA

DOI:

https://doi.org/10.32359/debin2023.v6.n21.p107-133

Palavras-chave:

Educação Infantil, Relações Étnico-Raciais, Formação Continuada.

Resumo

Este trabalho objetivou analisar como a inserção das relações étnico-raciais na formação continuada pode contribuir para o trabalho no cotidiano da educação infantil. O estudo teve fins exploratórios com abordagem qualitativa, utilizou como métodos de procedimento as pesquisas bibliográfica e de campo e a análise de conteúdo. O texto fundamenta-se nas ideias e concepções de autores como Barbosa (1997), Esteves (2018), Gomes (2005),  Gonçalves (2005), Lima (2008),Vygotsky (1998), ademais documentos oficiais Brasil (2004), Dcnei (2010), Rcnei (1998) entre outros .Constatou que a inserção das relações étnico-raciais na formação continuada é relevante para a educação infantil, uma vez que fornece informações, conhecimentos e experiências, para ressignificar saberes que resultem em práticas pedagógicas de respeito e inclusão. Conclui que educar, desde a infância, é parte da construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Biografia do Autor

Josenildo Campos Brussio, Universidade Estadual do Maranhão

Pós-Doutor em Turismo, pelo PPGTUR (Programa de Pós-graduação em Turismo) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), sob a supervisão da professora Titular Maria Lúcia Bastos Alves. Doutor em Psicologia Social pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2012), Mestre em Educação pela Universidade Federal do Maranhão (2008), Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Maranhão (2012) e Licenciado em Letras Português/Inglês e respectivas Literaturas pela Universidade Estadual do Maranhão (1998). Professor Associado II do Curso de Licenciatura em Ciências Humanas/Sociologia do Centro de Ciências de São Bernardo, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Professor colaborador do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE-UEMA), da Universidade Estadual do Maranhão. Professor colaborador do Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGLetras-UEMA), da Universidade Estadual do Maranhão. Professor colaborador do Curso de Turismo do Centro de Ciências de São Bernardo, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Meio Ambiente, Desenvolvimento e Cultura (GEPEMADEC) e coordenador da linha de pesquisa 1: "Imaginário, cultura e meio ambiente". Líder do LEI (Laboratório de Estudos do Imaginário) e coordenador da linha de pesquisa 1: "Imaginário, símbolos, mitos e práticas educativas". Participa da "REDE DE PESQUISA EM TURISMO RELIGIOSO NO NORDESTE BRASILEIRO. Membro da Société Internationale de Sociologie des Religions (SISR). Membro da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as.

Ana Patrícia Sá Martins, Universidade Estadual do Maranhão -UEMA

Doutora em Linguística Aplicada pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos -UNISINOS/RS (2020).Graduada em Letras Licenciatura Plena em Espanhol, pela Universidade Federal do Maranhão (2008) e em História Licenciatura, pela Universidade Estadual do Maranhão (2009). Possui Especialização em Língua Portuguesa, pela UEMA e Mestrado em Educação pela UFMA (2011). Atua como Professora Adjunta no Departamento de Letras da Universidade Estadual do Maranhão. É Professora Permanente no Mestrado Profissional em Educação (PPGE/UEMA) e no Mestrado Acadêmico em Letras (PPGLE/UEMA). É Pesquisadora Associada na Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd) e na Associação Brasileira de Linguística Aplicada (ALAB). Coordena pesquisas na graduação e na pós-graduação, dedicando-se, principalmente, aos temas: Formação inicial e continuada de professores; Interculturalidade e Decolonialidade na formação docente; e Multiletramentos e Tecnologias digitais no ensino. É líder do grupo de pesquisa Multiletramentos no Ensino de Línguas (MELP), registrado no Diretório do CNPq.

Poliane de Lima Vaz da Costa, Universidade Estadual do Maranhão-UEMA

Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal do Piauí, Mestranda em Educação pela Universidade Estadual do Maranhão-UEMA, professora da Educação Básica

Referências

BARBOSA, Ivone G. Pré-escola e formação de conceitos: uma versão sócio-histórico-dialética. 1997. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-graduação em Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1997.

______.; ALVES, Nancy N. L.; MARTINS, Telma A. T. O professor e o trabalho pedagógico na Educação Infantil. In: LIBANEO, José C.; SUANNO, Marilza V. R.; LIMONTA, Sandra V. Didática e práticas de ensino: texto e contexto em diferentes áreas do conhecimento. Goiânia: CEPED/Ed. PUC-Goiás, 2011. p. 133-149.

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2006.

BRASIL. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: Ministério da Educação/Secretaria da Educação Infantil, 1998.

______. Diversidade na Educação: reflexões e experiências. Brasília: Ministério da Educação, 2003.

______. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro- - Brasileira”, e dá outras providências. D. O. U., Brasília, DF, seção 1, p.8, 10 jan. 2003.

______. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. Brasília: Ministério da Educação,2004.

______. Lei nº 11.645, de 10 março de 2008. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. D. O. U., Brasília, DF, seção 1, p. 1, 11 mar. 2008.

______. Diretrizes curriculares nacionais para educação infantil. Brasília, MEC, 2010.

______. Parecer nº 20, de 11 de novembro de 2009. Revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. D. O. U., Brasília, seção 1, p. 8, 11 nov. 2009a. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/pceb001_09.pdf. Acesso em: 18 dez. 2022.

CHIZZOTI, A. Pesquisa em ciências humanas e sociais, 8. ed. São Paulo: Cortez, 2006.

DUARTE, Carolina de Paula Teles; OLIVEIRA, Waldete Tristão Farias Oliveira. Infância e educação étnico-racial: estruturas e singularidades. In: BENTO, Maria Aparecida Silva (Org.). Práticas pedagógicas para a igualdade racial na educação infantil. São Paulo: Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdade – CEERT, 2011, p. 37-42.

ESTEBAN, Maria Paz Sandín. Pesquisa qualitativa em educação: fundamentos e tradições. Porto Alegre: AMGH editora, 2010.

ESTEVES, Gabriel Papa Ribeiro. As relações étnico-raciais no Brasil: cultura e preconceito. Revista Espaço de Diálogo de Desconexão- REDD, São Paulo, v. 10, n. 2, p. 111-117, 2018. Disponível em: file:///C:/Users/WINDOWS/Downloads/111-117.pdf. Acesso em: 18 dez. 2022.

FLICK, U. (2009). Introdução à pesquisa qualitativa. 3. ed. São Paulo: Artmed, 1995.

FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas da pesquisa científica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2012.

GOMES, Nilma Lino. Alguns termos e conceitos no debate sobre relações raciais no Brasil: uma breve discussão. In: Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Educação antirracista: caminhos abertos pela Lei ª 10.639/03. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005.

GONÇALVES, L.A.; SILVA, P.B.G. Movimento negro e educação. In: Educação como exercício de diversidade. Brasília: UNESCO: MEC: ANPED, 2005. p 179-226.

LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática; 5. ed. Goiânia, Alternativa, 2004.

LIMA, Maria Batista. Identidade étnico/racial no Brasil: uma reflexão teórico-metodológica. Revista Fórum Identidades, [S. l.], a.2, v.3, p. 33-46, jan./jun. 2008. Disponível em: https://files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/NEAB/LIMA-%20Maria%20Batista.%20Identidade%20EtnicoRacial%20no%20Brasil%20uma%20reflexao%20teorico-metodologica..pdf. Acesso em: 18 dez. 2022.

LORIANO, Pereira Luana; TAQUETTE Amaral Natália. 2018. A atuação do pedagogo na promoção da igualdade racial e diversidade étnica na Educação Infantil. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia). Faculdade Multivix, Cariacica, 2018. Disponível em: https://multivix.edu.br/wp-content/uploads/2018/12/a-atuacao-do-pedagogo-na-promocao-da-igualde-racial-e-a-diversidade-etnica-na-educacao-infantil.pdf. Acesso em: 18 dez, 2022.

MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

MINAYO, M. Cecília de Souza. O desafio da pesquisa social. In: MINAYO, M. Cecília de Souza; DESLANDES, Suely Ferreira; GOMES, Romeu. (Orgs.) Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 33. ed. Petrópolis: Vozes, 2013. p. 9-29.

MUNANGA, Kabengele. (Org.) Superando o Racismo na escola. 2. ed. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/racismo_escola.pdf. Acesso em: 18 dez. 2022.

NEVES, José Luis. Pesquisa Qualitativa- Características, usos e possibilidades. Caderno de pesquisas em Administração, São Paulo, v.1, n. 3, p. 1-5, 1996. Disponível em: http://www.ead.fea.usp.br/cad-pesq/arquivos/c03-art06.pdf. Acesso em: 18 dez. 2022.

ROCHA, R. M. C. Educação das relações étnico-raciais: pensando referenciais para a organização da prática pedagógica. Belo Horizonte: Mazza Edições. 2007.

ROMAN, Eurilda Dias; STEYER, Vivian Edite. A criança de 0 a 6 anos e a educação infantil: um retrato multifacetado. Canoas: ULBRA, 2001.

SANTOS, Ângela Maria. Vozes e silêncio do cotidiano escolar: as relações raciais entre alunos negros e não-negros. Cuiabá: EdUFMT, 2007. (Coleção Educação e Relações Raciais, 4).

SILVA, P. B. G. Educação das relações étnico-raciais nas instituições escolares. Educar em Revista, v. 34, n.69, p. 123-150. 2018.

SÃO PAULO. Orientações curriculares: expectativas de aprendizagem para a educação étnico-racial na educação infantil, ensino fundamental e médio. São Paulo: SME / DOT, 2008.

TRINIDAD, Cristina Teodoro. Diversidade étnico-racial: por uma prática pedagógica na Educação Infantil. In: Maria Aparecida Silva Bento. (Org.). Educação Infantil: aspectos políticos, jurídicos, conceituais. São Paulo: Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades – CEERT, 2011.p. 119-137.

Downloads

Publicado

2023-11-07

Como Citar

Brussio, J. C., Martins, A. P. S., & da Costa, P. de L. V. (2023). RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL E SUA INSERÇÃO NO CONTEXTO DA FORMAÇÃO CONTINUADA DOCENTE. Revista Debates Insubmissos, 6(21), 107–133. https://doi.org/10.32359/debin2023.v6.n21.p107-133

Edição

Seção

Artigos Livres