A co-cartografia na luta contra os agrotóxicos e pela vida: anúncios, denúncias e a encruzilhada de saberes
DOI:
https://doi.org/10.51359/2675-3472.2023.261651Schlagworte:
Campanha contra os agrotóxicos, cartografia social, encontro de saberesAbstract
Nos cursos de formação da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e pela Vida a cartografia social surge como ferramenta de denúncia e anúncio desde os territórios de movimentos sociais, povos originários, comunidades tradicionais e grupos militantes participantes. O texto busca refletir sobre essa prática, em como o uso do mapa, ferramenta colonial, é transformado desde o auto mapeamento dos camponeses e camponesas, quilombolas, indígenas e militantes da cidade. A experiência analisada nesse texto são as oficinas de cartografia social realizadas no curso que correu em Sidrolândia, Mato Grosso do Sul, em 2022, e o encontro dessa diversidade de sujeitos o mapeamento acontece desde as encruzilhadas de saberes, com o cruzamento de diversas perspectivas dos territórios mas também dos conhecimentos técnicos e convencionais do mapeamento, fazendo que a cartografia como ação social ganha outros sentidos e funções. Assim, ao denunciar os ataques e conflitos decorrentes do uso de agrotóxicos e anunciar as práticas de resistência e de vida, os grupos, na apropriação do mapa, compartilham, se articulam e se reconhecem na luta pelos seus territórios.
Downloads
Literaturhinweise
ALMEIDA, Alfredo Wagner Berno de. Nova Cartografia Social da Amazônia. In: Almeida, A. W. B. de; Junior, E. de. A. F. Povos e comunidades tradicionais nova cartografia social. Manaus, 2013, p. 24-33.
CAMPANHA, Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida. Disponível em: https://contraosagrotoxicos.org/ Acessado em: 14/02/2024
DIEZ TETAMANTI, Juan Manoel. Cartografía social: teoria y método. Estrategias para una eficaz transformación comunitária. 1ª ed. – Ciudad Autónoma de Buenos Aires: Bíblos, 2018. 101 pp.
GROSFOGUEL, Ramón. A estrutura do conhecimento nas universidades ocidentalizadas: racismo/sexismo epistêmico e os quatro genocídios/epistemicídios do longo século XVI. Revista Sociedade e Estado – Volume 31. Número 1. Janeiro/Abril 2016.
GROSFOGUEL, Ramón. Para uma visão decolonial da crise civilizatória e dos paradigmas da esquerda ocidentalizada. In: COSTA, J. B; TORRES, M. N; GROSFOGUEL, R. Decolonialidade e Pensamento Afrodiaspórico. Belo Horizonte, Autentuca Editora, 2019, 2a ed., Coleção Cultura Negra e identidades
HALE, Charles R. Entre el mapeo participativo y la “geopiratería”: las contradiciones (a vezes constructivas) de la antropología comprometida. In: Prácticas Otras de Conocimiento(s): Entre Crisis, Entre Guerras. Tomo II, CLACSO, 2018, pp. 356–80. JSTOR, https://doi.org/10.2307/j.ctvn96g1f.18. Accessado em 19 Junho 2023.
PEARCE, Jenny, et al. “‘Avanzamos Porque Estamos Perdidos’.: Reflexiones Críticas Sobre La Co-Producción de Conocimiento.” Prácticas Otras de Conocimiento(s): Entre Crisis, Entre Guerras. Tomo II, CLACSO, 2018, pp. 356–80. JSTOR, https://doi.org/10.2307/j.ctvn96g1f.18. Accessado em 19 Junho 2023.
ROCHA, Otávio Gomes. Narrativas cartográficas contemporâneas nos enredos da colonialidade do poder. Dissertação de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Geografia na UFPR, Curitiba, PR, 2015, 209 f.
RUFINO, Luiz. Exu e a pedagogia das encruzilhadas. Tese (Doutorado) – Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Educação, 2017, 231 f.
SOARES, G. S. ENTRE A ARTICULAÇÃO, A EMANCIPAÇÃO E A COMUNICAÇÃO, O MAPA COMO PROCESSO FORMADOR INSERIDO NA CAMPANHA PERMANENTE CONTRA OS AGROTÓXICOS E PELA VIDA. Terra Livre, [S. l.], v. 2, n. 55, p. 385–422, 2021. Disponível em: https://publicacoes.agb.org.br/terralivre/article/view/2113. Acesso em: 12 fev. 2024.
SILVA, Catia Antonia da. Cartografia da ação social: limites e possiblidades da contribuição do fazer geográfico. XIV Encuentro de Geógrafos de América Latina, 2013, Peru, 16 p. DIponível em: http://observatoriogeograficoamericalatina.org.mx/egal14/Nuevastecnologias/Cartografiatematica/02.pdf Acessado em:13/02/2024
Downloads
Veröffentlicht
Zitationsvorschlag
Ausgabe
Rubrik
Lizenz
Copyright (c) 2024 Gabriele Borinelli, Gustavo Steinmetz Soares, Adriane de Andrade

Dieses Werk steht unter der Lizenz Creative Commons Namensnennung 4.0 International.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à REVISTA MUTIRÕ da Universidade Federal de Pernambuco o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional. CC BY -
Permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original. Esta é a mais flexível das licenças, onde o foco é a disseminação do conhecimento.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.