A co-cartografia na luta contra os agrotóxicos e pela vida: anúncios, denúncias e a encruzilhada de saberes
DOI:
https://doi.org/10.51359/2675-3472.2023.261651Parole chiave:
Campanha contra os agrotóxicos, cartografia social, encontro de saberesAbstract
Nos cursos de formação da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e pela Vida a cartografia social surge como ferramenta de denúncia e anúncio desde os territórios de movimentos sociais, povos originários, comunidades tradicionais e grupos militantes participantes. O texto busca refletir sobre essa prática, em como o uso do mapa, ferramenta colonial, é transformado desde o auto mapeamento dos camponeses e camponesas, quilombolas, indígenas e militantes da cidade. A experiência analisada nesse texto são as oficinas de cartografia social realizadas no curso que correu em Sidrolândia, Mato Grosso do Sul, em 2022, e o encontro dessa diversidade de sujeitos o mapeamento acontece desde as encruzilhadas de saberes, com o cruzamento de diversas perspectivas dos territórios mas também dos conhecimentos técnicos e convencionais do mapeamento, fazendo que a cartografia como ação social ganha outros sentidos e funções. Assim, ao denunciar os ataques e conflitos decorrentes do uso de agrotóxicos e anunciar as práticas de resistência e de vida, os grupos, na apropriação do mapa, compartilham, se articulam e se reconhecem na luta pelos seus territórios.
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