O temor da inexistência a partir de Ivan Ilitch
DOI:
https://doi.org/10.51359/1984-7408.2024.257752Palavras-chave:
morte, literatura russa, TolstóiResumo
Este artigo aborda a percepção da morte em relação à consciência, destacando a temporalidade e o sofrimento inerente à existência humana, e demonstrando a interdisciplinaridade entre literatura e filosofia, evidente na análise da obra A Morte de Ivan Ilitch (1886), de Liev Tolstói. O objetivo geral é investigar o significado da morte para as personagens, especialmente na negação da finitude, no distanciamento do moribundo como símbolo do medo e na religiosidade como resposta à angústia existencial. Por meio de pesquisa bibliográfica, o estudo revela como as reações das personagens frente à morte de Ivan refletem a objetificação da vida e da morte na sociedade capitalista, influenciada pela ascensão burguesa e pelo formalismo vazio do ambiente jurídico. Aproximando-se da morte, Ivan busca o verdadeiro significado da vida, confrontando suas escolhas e a influência da sociedade. Conclui-se que a obra denota a alienação e objetificação do indivíduo e a busca por respostas diante do paradoxo existencial da vida e da morte.
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