Da Faculdade de Filosofia à Faculdade de Educação da UFMG: a invenção de uma instituição
DOI :
https://doi.org/10.51359/2448-0215.2022.254582Mots-clés :
Reforma Universitária, Instituições Escolares, Faculdade de Educação.Résumé
Neste texto propomo-nos a analisar algumas das facetas da constituição da Faculdade de Educação da UFMG, instituição parida no interior dos debates acerca da necessária reforma das universidades brasileiras, na década de 1960. A perspectiva a partir da qual analisamos a criação e a institucionalização inicial da Faculdade é a da história das instituições escolares. Neste trabalho, as fontes utilizadas são, fundamentalmente, referentes ao acervo histórico da Faculdade de Educação, que estão sob a guarda do Centro de Pesquisa, Memória e Documentação (CEDOC), da própria instituição e, também, entrevistas realizadas e transcritas pelo projeto de História Oral do Museu da Escola “Professora Ana Maria Casasanta”. Os três departamentos por meio dos quais a Faculdade de Educação da UFMG se organizou naquele momento e manteve até hoje – Administração Escolar, Ciências Aplicadas à Educação e Métodos e Técnicas de Ensino – são muito similares aos de outras Faculdades de Educação do país, dão visibilidade e atualizam a perspectiva muito forte nos anos de 1960 e nas décadas seguintes, de dividir as grandes questões da educação escolar e da formação de professores, função precípua da faculdade de educação, em três grandes dimensões autônomas, ainda que articuladas: os fundamentos da educação, as didáticas e metodologias de ensino e a administração escolar.Références
ARAUJO, José Carlos Souza; FREITAS, Anamaria Gonçalves Bueno de; LOPES, Antônio de Pádua Carvalho. Orgs. As Escolas Normais no Brasil: do império à república. Editora Alínea, 2008.
BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas II. São Paulo: Brasiliense,1987.
BLOCH, Marc Leopold Benjamin. Apologia da história ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001.
CUNHA, Luiz Antônio. A Universidade Crítica: o ensino superior na república populista – 3ª ed. – São Paulo: Editora UNESP, 2007.
CUNHA, Luiz Antônio. A Universidade Reformanda: o golpe militar de 1964 e a modernização do ensino superior. 2ª ed. – São Paulo: Editora UNESP, 2007.
CUNHA, Luiz Antônio. Universidade Federal de Minas Gerais: projeto intelectual e político. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1997.
GATTI, Décio; GATTI, Giseli Cristina do Vale. A história das Instituições Escolares em Revista: fundamentos conceituais, historiografia e aspectos de investigação recente. Revista Educativa, v. 17, n. 2, p. 327-359, jul./dez. 2015. Goiânia.
LE GOFF, Jacques. História e Memória. Editora Campinas: UNICAMP, 1992.
NOSELLA, Paolo; BUFFA, Ester. Instituições Escolares: por que e como pesquisar? Campinas, SP: Editora Alínea, 2009.
PIMENTA, Aluísio. Universidade: a destruição de uma experiência democrática. Editora Vozes Ltda, 1984.
PROST, Antoine. Doze lições sobre a história. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2015.
ROUANET, Sergio Paulo. A razão nômade. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1993, p. 55.
VEIGA, Laura da; ALBANO, Maria Celina Pinto; SOMARRIBA, Maria das Mercês Gomes; BARBOSA, Maria Lígia de Oliveira. UFMG: a trajetória de um projeto modernizante (1964-1974). Revista do Departamento de História nº 05. Trabalho apresentado no GT Educação e Sociedade, SP: Águas de São Pedro 24 a 26/10/1984.
VIDAL, Diana; BONTEMPI JR., Bruno e SALVADORI, Maria Angela Borges. Tempos pretéritos e escolhas de futuro: a Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo e a formação docente. Revista Educação & Realidade Itinerários de Instituições de Formação Docente: memórias e narrativas para o amanhã, vol 41, nº esp. Porto Alegre dez 2016.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
© Tópicos Educacionais 2022

Ce travail est disponible sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International .
En soumettant le matériel pour la publication, l'auteur.e declare se mettre d’accord sur les conditions suivantes:
a) Les droits de chaque article reste la propriété de l’auteur.e concerné.e, qui cède à la revue les droits de la première publication. La revue fonctionne sous licence Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional. qui permet de la reproduction de ses contenu et à condition de citer la source et reconnaissance de publication initiale dans cette revue.
b) Cette revue offre un accès public à l’ensemble de son contenu, car cela permet une plus grande visibilité et une plus grande portée des articles et des critiques publiés. Pour plus d'informations sur cette approche, visitez le Public Knowledge Project, un projet qui a développé ce système pour améliorer la qualité académique et publique de la recherche, en distribuant OJS ainsi que d'autres logiciels pour soutenir le système de publication d'accès public aux sources académiques. Les noms et adresses e-mail sur ce site seront utilisés exclusivement aux fins de la revue et ne sont pas disponibles à d'autres fins.
Ce travail est autorisé avec une licence Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.