Variação na gênese da toponímia da Cidade de Belo Horizonte

Autores

DOI:

https://doi.org/10.51359/2175-294x.2022.254329

Palavras-chave:

crítica textual, cartografia, toponímia, variação linguística.

Resumo

No presente estudo, discute-se a variação na gênese da toponímia da Cidade de Belo Horizonte, com especial referência à expressão planta original, a partir de uma comparação dos topônimos de quatro registros cartográficos. A análise se baseou em conceitos dos estudos de toponímia, segundo os modelos taxonômicos de Dick (1990) e Seabra (2016), e da crítica textual. Confirmou-se a hipótese de que há variação entre os topônimos presentes nesses registros e a necessidade de referência mais precisa aos referidos registros, considerando os impactos que essa ausência de precisão gera tanto na identificação de referentes quanto na interpretação das motivações.

Biografia do Autor

César Nardelli Cambraia, Universidade Federal de Minas Gerais

Professor Titular de Filologia Românica na Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq (PQ-2).

Maria Cândida Trindade Costa de Seabra, Universidade Federal de Minas Gerais

Professora de Língua Portuguesa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). É líder do Grupo Mineiro de Estudos do Léxico (GruMEL/UFMG/CNPq).

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Publicado

28-12-2022

Como Citar

Cambraia, C. N., & Seabra, M. C. T. C. de. (2022). Variação na gênese da toponímia da Cidade de Belo Horizonte. Revista Investigações, 35(2). https://doi.org/10.51359/2175-294x.2022.254329

Edição

Seção

Artigo - Linguística (seção livre)

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