Camões na rota 666
DOI:
https://doi.org/10.51359/2175-294x.2024.263782Palavras-chave:
Os Lusíadas, diabo, históriaResumo
Se Os Lusíadas é um poema aberto à aritmosofia, estâncias como a 666 são especialmente importantes. Este ensaio se debruça sobre a zona do poema que cerca a estrofe do número da Besta. Esse momento, que narra a chegada à Índia, se relaciona com o diabólico de várias maneiras. Uma delas entende um crescente privilégio da História sobre diferentes narrativas, outra, que algum apocalipse se prepara na viagem de Vasco da Gama. Pensar esse problema abre uma porta, dentro do poema, que dá acesso a muitos lugares.
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