“Ou é mesmo verdade. Que nunca me soubeste?": ansiedade de autoria e o sentimento de incomunicabilidade na poesia de Hilda Hilst

Autori

DOI:

https://doi.org/10.51359/2175-294x.2025.265110

Parole chiave:

ansiedade de autoria, incomunicabilidade, Hilda Hilst, poesia

Abstract

Hilda Hilst (1930-2004), em sua obra poética, expressa um sentimento de incomunicabilidade entre sua produção e seus leitores. Este artigo explora essa temática ao analisar os poemas IV de Balada do Festival (1955) e VI de “Dez chamamentos ao amigo”, presentes no livro Júbilo, memória, noviciado da paixão (1974), a partir das teorias de Sandra Gilbert e Susan Gubar (2017), relacionando a sensação de falta de comunicação ao conceito de ansiedade de autoria. Fica clara a tensão entre a criação e a recepção de sua poesia, evidenciando os percalços de sua inserção em um espaço literário historicamente patriarcal. 

Biografie autore

Juliana Moreira de Sousa, Universidade Federal de Goiás

Universidade Federal de Goiás. Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística. Mestra em Letras pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários da Universidade Federal de Uberlândia (PPEL/UFU). Licenciada em Língua Portuguesa pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). E-mail: julianasousamoreira@gmail.com.

Giulia Geovana Campos de Lima, Universidade Federal de Goiás

Universidade Federal de Goiás. Mestranda em Estudos Literários no Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística da Universidade Federal de Goiás. Licenciada em Letras-Inglês pela Universidade Federal de Goiás (2022). E-mail: giuliageovana78@gmail.com.

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Pubblicato

2025-05-19

Come citare

Sousa, J. M. de, & Lima, G. G. C. de. (2025). “Ou é mesmo verdade. Que nunca me soubeste?": ansiedade de autoria e o sentimento de incomunicabilidade na poesia de Hilda Hilst. Revista Investigações, 38(1). https://doi.org/10.51359/2175-294x.2025.265110

Fascicolo

Sezione

A (des)lirização da poesia (pós)moderna

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