A navegação no Rio São Francisco e a formação territorial de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA)
DOI:
https://doi.org/10.51359/2675-3472.2025.265871Parole chiave:
sertão, semiárido, Geografia Histórica, submédio São FranciscoAbstract
Com mais de quatrocentos anos de história na formação territorial brasileira, o Rio São Francisco desempenhou um papel crucial na colonização e ocupação do semiárido brasileiro. A navegação contribuiu para o fortalecimento de um mercado interno nessa área, especialmente em suas margens, e facilitou o transporte das produções do interior até os portos marítimos. Assim, esta pesquisa pretende elaborar uma linha do tempo sobre o processo de navegação no Rio São Francisco, focando na formação territorial de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE). Para sua construção, foram pesquisadas fontes secundárias e iconografias sobre o processo de navegação do rio, principalmente em seu trecho submédio. No início, a navegação era realizada por ajoujos, embarcação para pessoas, animais ou mercadorias. A introdução de barcos a vapor no rio ocorreu apenas em fins do século XIX. Para viabilizar esse tipo de movimentação, foi necessário realizar a remoção das rochas que surgiam ao longo do rio. Esse método de navegação foi crucial para a definição territorial de Petrolina e Juazeiro. Nesse contexto, a Ilha do Fogo, localizada exatamente no centro do rio e entre as duas margens das cidades, desempenhou um papel fundamental na travessia entre os dois lados. Este estudo permitiu compreender a relevância da navegação na formação territorial dessas cidades, impulsionando não apenas a economia nacional, mas também contribuindo de maneira significativa para a rápida urbanização de ambos os territórios. Ainda se faz necessárias pesquisas para aprofundar o conhecimento nas dinâmicas de uso da terra ao longo desse tempo.
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