Tornando o cânone queer: uma leitura queer de O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald
DOI:
https://doi.org/10.51359/1984-7408.2024.260062Palavras-chave:
teoria queer, análise textual, leitura queer, F. Scott Fitzgerald, literatura americanaResumo
O presente artigo visa realizar uma leitura queer (Sedgwick, 2002) do romance O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald, baseada na teoria queer. O principal objetivo consiste em verificar a aparente queerness da personagem principal, considerando a escolha de palavras no romance, o período em que o livro se passa (década de 1920) e a forma como o protagonista se relaciona com outras pessoas no livro. Uma análise textual foi executada levando em consideração os elementos queer do romance, como os sinais gays e lésbicos que corroboram com o subtexto queer, os quais aparecem como um resultado da sensibilidade gay de Nick Carraway na narrativa (Tyson, 2015). Dessa forma, trechos que leitores podem interpretar como queer foram analisados. Os resultados mostram que é possível a identificação não só do subtexto queer do romance, como também da razão pela qual leitores queer podem associar-se a ele.
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