A identidade narrativa, de Paul Ricoeur, como explicitação da noção de formação no Bildungsroman conforme entendida por Mikhail Bakhtin
DOI:
https://doi.org/10.51359/2175-294x.2025.262227Palavras-chave:
formação, identidade narrativa, Ricoeur, BakhtinResumo
O presente artigo parte do conhecido ensaio de Mikhail Bakhtin sobre o Bildungsroman para confrontar suas ideias acerca da representação, por esse gênero romanesco, da formação do homem, com o conceito de identidade narrativa, de Paul Ricoeur. O filósofo francês entende a narrativa como única possibilidade de constituição da identidade do sujeito, o que pode ser estendido ao modo como o Bildungsroman, o romance de formação, procura mostrar a constituição do caráter das personagens. A dialética entre mesmidade e ipseidade explicita os modos de esse gênero configurar-se como narrativa.
Referências
BAKHTIN, Mikhail. Teoria do romance I: a estilística. Tradução de Paulo Bezerra. São Paulo: Editora 34, 2015.
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. Tradução de Paulo Bezerra. 4. ed., São Paulo: Martins Fontes, 2003.
BARROS, Diana Luz Pessoa de. Teoria semiótica do texto. São Paulo: Editora Ática, 2005.
BERGSON, Henri. A evolução criadora. Tradução de Adolfo Casais Monteiro. São Paulo: Unesp, 2010.
DILTHEY, Wilhelm. Poetry and experience. Edicted by Rudolf A. Makkreel and Frithjof Rodi. Princeton, New Jersey: Princeton University Press, 1985.
FOUCAULT, Michel. A coragem da verdade: o governo de si e dos outros. II: curso no Collège de France (1983-1984). Tradução de Eduardo Brandão. São Paulo: WWF Martins Fontes, 2011.
GALLAGHER, Katherine. Ficção. In: MORETTI, Franco. O romance 1: a cultura do romance. Tradução de Denise Bottmann. São Paulo: Cosacnaify, 2009.
HEGEL, Georg. W. F. Fenomenologia do espírito. Tradução de Paulo Meneses com a colaboração de Karl Heinz-Efken. 2. ed., Petrópolis: Vozes, 1992.
HEIDEGGER, Martin. Ser e tempo. Tradução de Márcia Sá Cavalcanti Schuback. 7. ed., Petrópolis, RJ: Editora Vozes; Bragança Paulista: Editora Universitária São Francisco, 2012.
HEIDEGGER, Martin. A tese de Kant sobre o ser. In: HEIDEGGER, Martin. Heidegger. Tradução de Ermildo Stein. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1996. Coleção Os Pensadores.
LUKÁCS, Georg. A teoria do romance: um ensaio histórico-filosófico sobre as formas da grande épica. Tradução de José Marcos Mariani de Macedo. São Paulo: Duas Cidades; Ed. 34, 2000.
MILLER, Meredith. Lesbian, gay and trans Bildungsromane. In: GRAHAM, Sarah. (Org.) A history of the Bildungsroman. Cambridge: Cambridge University Press, 2019, p. 239-266.
RICOEUR, Paul. O si-mesmo como um outro. Tradução de Lucy Moreira Cesar. Campinas: Papirus, 1991.
RICOEUR, Paul. Tempo e narrativa. Tradução de Cláudia Berliner e Márcia Valéria Martinez de Aguiar. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010.
VIANA, Cristina A. Tempo e sujeito em Paul Ricoeur: uma introdução a partir da leitura ricoeuriana do livro xi das Confissões de Santo Agostinho. Revista Contemplação, Porto Alegre, v. 1, p. 1-19, 2015.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Edson Ribeiro da Silva

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam na Revista Investigações concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (exemplo: depositar em repositório institucional ou publicar como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Qualquer usuário tem direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial.
Adaptar — remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.