Lila, uma criança-bruxa: representação da infância em A amiga genial, de Elena Ferrante
DOI:
https://doi.org/10.51359/2175-294x.2025.265423Parole chiave:
representação da infância, caça às bruxas, literatura contemporânea de autoria feminina, Elena FerranteAbstract
Analisaremos a representação da infância da personagem Lila de A amiga genial, de Elena Ferrante, caracterizada por sua irreverência. Considerando que a descrição de Lila tende a associá-la ao mal, basear-nos-emos, sobretudo, nos estudos de Silvia Federici, para quem a imagem da bruxa foi tecida para perpetuação de uma sociedade capitalista e patriarcal que subjugava a mulher. Assim, marcada pela pobreza e pela violência masculina, Lila ressentiu-se com a própria marginalização, adotando uma língua ferina. Embora tenha sido descrita como uma criança-bruxa por guardar essas características, observaremos que ela não conseguiu resistir às investidas de uma comunidade hostil às mulheres.
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