Sexo e cosmopolitismo na prosa de ficção da Belle Époque brasileira: Mademoiselle Cinema e Madame Pommery

Autori

  • Estela Carielli de Castro Universidade Federal de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.51359/2175-294x.2019.240771

Parole chiave:

Belle époque, Madame Pommery, Mademoiselle Cinema, cosmopolitismo.

Abstract

Este artigo visa analisar Madame Pommery, de Hilário Tácito, e Mademoiselle Cinema, de Benjamim Costallat, com foco nas personagens principais e como elas são retratadas, levando em consideração que estão inseridas no contexto da Belle Époque paulista e carioca. Para isso, trabalhamos com os conceitos de narrador não digno de confiança (RICOEUR, 1997) e narrador-cronista (BENJAMIN, 1994).  Concluímos que Costallat (1999) constrói Rosalina para alertar os seus leitores e condenar as atitudes de uma mulher influenciada pela Belle Époque, enquanto Tácito (1998) vangloria-se de Mme. Pommery, que apenas segue as regras de uma sociedade hipócrita.

Biografia autore

Estela Carielli de Castro, Universidade Federal de Pernambuco

Graduada em Letras pela Universidade Federal de Pernambuco. Mestranda em Letras - Linguística também pela Universidade Federal de Pernambuco.

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Pubblicato

2019-09-30

Come citare

Castro, E. C. de. (2019). Sexo e cosmopolitismo na prosa de ficção da Belle Époque brasileira: Mademoiselle Cinema e Madame Pommery. Revista Investigações, 32(1), 103–124. https://doi.org/10.51359/2175-294x.2019.240771

Fascicolo

Sezione

Artigo - Literatura (seção livre)

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