Sobre os ossos dos mortos e o impasse das formas na contemporaneidade
DOI:
https://doi.org/10.51359/2175-294x.2024.258376Palavras-chave:
literatura contemporânea, antropoceno, pós-modernidade, neoliberalismoResumo
O artigo apresenta uma análise do romance polonês Sobre os ossos dos mortos, publicado em 2009 por Olga Tokarczuk. O foco está nos impasses da estética em tempos de pós-modernidade, neoliberalismo e crise climática, tendo-se como argumento central a ideia de que o livro arma e desarma, constantemente, certas construções utópicas e certos mecanismos fetichizados, ocupando, assim, uma posição ambivalente diante do mundo contemporâneo. Desse modo, interesse especial é dado às contradições internas do romance, que podem, apesar dos seus limites, mostrarem-se reveladoras.
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