Memória e ausência na literatura latino-americana: a força do narrar em Pedro Páramo, de Juan Rulfo, e “El ahogado más hermoso del mundo”, de Gabriel García Márquez

Résumé

Certas narrativas latino-americanas do século XX, muito ligadas aos costumes e à oralidade, têm a tradição como ponto de apoio na tentativa de manutenção de suas culturas locais, por meio da valorização do próprio relato. Pensando nisso e nas relações destes elementos com o texto fantástico, este trabalho tem por objetivo analisar a importância do ato de narrar em “El ahogado más hermoso del mundo”, de Gabriel García Márquez, e Pedro Páramo, de Juan Rulfo, como uma forma de preservar e manter viva a memória social. Pretende-se também estabelecer comparações entre os protagonistas dos dois textos, ambos “ausentes”, a fim de perceber de que maneira eles influenciam na necessidade de cada povoado em contar suas histórias, considerando os contextos e as questões sociais que marcaram ambas as produções literárias.