Interlocuções teóricas nos estudos de gênero: um estudo de caso sob o prisma da complexidade
DOI :
https://doi.org/10.51359/2175-294x.2020.246995Mots-clés :
estudos de gênero, teorias de gênero, complexidade, interlocuções teóricas.Résumé
Considerando a atual centralidade dos estudos de gênero, o objetivo deste artigo é investigar como se caracterizou, do ponto de vista teórico, a pesquisa de gênero no Nordeste brasileiro, a partir de dois programas de pós-graduação em que esses estudos se destacaram nas últimas décadas. Foi analisado, sob a ótica da complexidade, um corpus de dissertações e teses, observando-se nelas os autores e teorias mobilizados e os diálogos teóricos efetivados. Os resultados sugerem que os estudos de gênero no Nordeste tanto absorvem teorias exógenas, como encetam diálogos entre aportes teóricos diversos, caracterizando-se pela heterogeneidade, dinamicidade e não linearidade.Références
ADAM, Jean-Michel. A linguística textual: introdução à análise textual dos discursos. São Paulo: Cortez, 2008.
BAWARSHI, Anis S.; REIFF, Mary Jo. Gênero: história, teoria, pesquisa, ensino. São Paulo: Parábola Editorial, 2013.
BAZERMAN, Charles. The Brazilian blend. In: LOUSADA, E. G.; FERREIRA, A. D’O.; BUENO, L.; ROJO, R.; ARANHA, S.; ABREU-TARDELLI, L. (Orgs.). Diálogos brasileiros nos estudos de gêneros textuais/discursivos. Araraquara: Letraria, 2016. p. 645-650.
BEZERRA, Benedito G. Gêneros no contexto brasileiro: questões (meta)teóricas e conceituais. São Paulo: Parábola Editorial, 2017.
BEZERRA, Benedito G. A propósito da “síntese brasileira” nos estudos de gêneros. Revista de Estudos da Linguagem, Belo Horizonte, v. 24, n. 2, 2016, p. 465-491.
DOLZ, Joaquim. Prefácio: início de um diálogo necessário. In: LOUSADA, E. G.; FERREIRA, A. D’O.; BUENO, L.; ROJO, R.; ARANHA, S.; ABREU-TARDELLI, L. (Orgs.). Diálogos brasileiros nos estudos de gêneros textuais/discursivos. Araraquara: Letraria, 2016. p. 14-20.
LARSEN-FREEMAN, Diane. Chaos/complexity science and second language acquisition. Applied Linguistics, v. 18, p. 141-165, 1997.
LARSEN-FREEMAN, Diane; CAMERON, Lynne. Complex systems and applied linguistics. Oxford: Oxford University Press, 2008.
MARCUSCHI, Luiz Antonio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.
MEURER, José Luiz. Ampliando a noção de contexto na linguística sistêmico-funcional e na análise crítica do discurso. Linguagem em (Dis)curso, Tubarão, v. 4, n. esp, p. 133-157, 2004.
MORIN, Edgar. Ciência com consciência. 11. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008.
MORIN, Edgar. Para sair do século XX. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.
MOTTA-ROTH, Désirée. Análise crítica de gêneros: contribuições para o ensino e a pesquisa de linguagem. DELTA, São Paulo, v. 24, n. 2, p. 341-383, 2008. Disponível em: http://www. scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-44502008000200007&lng =en&nrm=iso. Acesso em: 02 jun. 2020.
PAIVA, Vera Lúcia. M. O.; NASCIMENTO, Milton. Sistemas adaptativos complexos: língua(gem) e aprendizagem. Belo Horizonte: Faculdade de Letras/FAPEMIG, 2011.
PERELMAN, Chaim; OLBRECHTS-TYTECA, Lucie. Tratado de argumentação: a nova retórica. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
PIMENTEL, Renato L. Diálogos, caracterização e contribuições dos estudos de gêneros em teses e dissertações no Brasil. Recife. 2019. Tese (Doutorado em Letras) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2019.
PIMENTEL, Renato L.; LÊDO, Amanda C. O. Gêneros textuais e ensino: diálogos entre teorias de gênero em teses e dissertações na UFPE. In: LOUSADA, E. G.; FERREIRA, A. D’O.; BUENO, L.; ROJO, R.; ARANHA, S.; ABREU-TARDELLI, L. (Orgs.). Diálogos brasileiros nos estudos de gêneros textuais/discursivos. Araraquara: Letraria, 2016. p. 34-47.
SILVA, Xênia S. O gênero textual cartão publicitário: um estudo da transmutação genérica. 2011. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Federal de Pernambuco. Recife, 2011.
SILVA, Noadia I.; BEZERRA, Benedito G. O conceito de gênero em artigos científicos sobre ensino de língua materna: repercussões de quatro tradições de estudos. In: APARÍCIO, A. S. M.; SILVA, S. R. (Orgs.). Gêneros textuais e perspectivas de ensino. Campinas, SP: Pontes Editores, 2014. p. 17-48.
SWALES, John M. Research genres: exploration and applications. Cambridge: Cambridge University Press, 2004.
VIAN JR., Orlando. Beyond the three traditions in genre studies: a Brazilian perspective. In: ARTEMEVA, N.; FREEDMAN, A. (Ed.). Genre studies around the globe: beyond the three traditions. Winnipeg: Inkshed, 2015. p. 95-114.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
© Benedito Gomes Bezerra, Renato Lira Pimentel 2020

Ce travail est disponible sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International .
Autores que publicam na Revista Investigações concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (exemplo: depositar em repositório institucional ou publicar como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Qualquer usuário tem direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial.
Adaptar — remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.