CARTOGRAFIAS DOS MOVIMENTOS RELIGIOSOS E DA PARTICIPAÇÃO DE JOVENS NAS AÇÕES EM DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS

Auteurs-es

DOI :

https://doi.org/10.32359/debin2021.v4.n15.p178-199

Mots-clés :

Juventudes, Movimentos religiosos, Direitos Humanos, Cartografias

Résumé

Este artigo tem como objetivo tecer algumas análises e reflexões quanto os sentidos esignificados das peregrinações juvenis a partir dos movimentos religiosos que os mesmosconstroem ao estarem experienciando sua religiosidade. Entendemos que caminhar em buscadestas cartografias é perceber que os jovens, ao participarem destes movimentos religiosos egruposafins,podemexpressarsuaspotencialidadeseexprimiremsuacondiçãojuvenilmesmoestandoemtemplosreligiososqueexercemnoseiosocial,umadimensãodecontrole,havendo,portanto, a necessidade de um rompimento de paradigmas, principalmente no que se refere asexpressõesculturaisjuvenis.Sabemosqueocampodareligião,apesardacomplexidade,revelaumagrandiosidadeeanecessidadedeestudosepesquisasquepossamdesvelarosaprendizadosmulticulturaisquedemandamnovospensamentosemaneirasdeconsideraroutrasvivênciasreligiosas,tendoojovemcomoatordessastransformações.Nestesentido,recorremos a autores como Novais (2006; 2012), Santos e Mandarino(2005),Fernandes(2011), Santos (2003), Freire (1987),dentreoutros,que nos conduziram a novasreflexões acerca dessas questões,contandotambémcomasvozesdosjovensquefizerampartedeumapesquisadesenvolvidanaUniversidadeEstadualValedoAcaraú(UVA),noanode2019,ondebuscou-setraçarumperfil dessesjovensapartirdocampodareligiosidade.Apartirdestesdadosempíricosnosfoireveladoqueosjovenssinalizamsuasatuações nos grupos religiosos, militando a partir dos compromissos estabelecidos com a instituição vinculada, rompendo com uma ideia de que o jovem não consegue liderar grupos ou desenvolver algum trabalho que demande dele um lugar de agente de transformação e isso pode ser visualizado principalmente quando destacam a importância do trabalho voluntário desenvolvido junto a populações de baixa renda e/ou situação de rua, rumo a uma manifestaçãoem defesa dos direitos humanos, o que sugere refletir sobre como essas ações juvenis podem interferir nacondiçãosociopolíticadopaís.

Bibliographies de l'auteur-e

Maria Isabel Silva Bezerra Linhares, Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA)

Possuo graduação em Serviço Social (Universidade Estadual do Ceará - UECE) e Formação Especial Pedagógica (Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA). Mestrado em Gestão Pública (UVA) e Doutorado em Sociologia, pelo Programa de Pós-graduação em Sociologia da Universidade Federal do Ceará (UFC). Atualmente vinculada ao o Programa de Pós Doutorado em Estudos Culturais do Programa Avançado em Cultura Contemporânea (PACC), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), realizando estágio pós-doutoral, vinculada a área de pesquisa Modos de Ser na Cidade: diversidade cultural, relações de poder, políticas de identidade, novas tecnologias e expressões do imaginário. Atualmente, sou bolsista de produtividade em pesquisa, estímulo à interiorização e à inovação tecnológica - BPI (Edital 02/2020) da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FUNCAP. Desde 2002, sou professora da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), atuando nos cursos de graduação em Ciências Sociais (2002-2004) e Pedagogia (a partir de 2005). Atualmente, faço parte do quadro permanente de Professores/Orientadores do Programa de Mestrado Profissional de Sociologia em Rede Nacional (PROFSOCIO-UVA). Atualmente, atuando na Coordenadoria de Estágio Institucional da Universidade Estadual Vale do Acaraú (CES-UVA). Fui pesquisadora pela CAPES (Professora pesquisadora I), no período 2011-2020, através do Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR). Tenho experiência na área de educação, trabalho e formação docente e estágios, sociologia da educação e sociologia da juventude. Atuo principalmente nos seguintes temas: juventude, políticas públicas, sociologia da educação, educação não formal, práticas socioeducativas, trabalho e formação docente, Sou pesquisadora e membro do Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Culturas Juvenis (GEPECJU), coordenando a linha de pesquisa "Juventude, Transformações Sociais e Políticas Públicas". Sou membro e Pesquisadora do Laboratório Trabalho, Educação, Gênero e Subjetividade (LATEGS/UVA), onde coordeno o Eixo: Saberes e Profissionalidade Docente.

Nadja Rinelle Oliveira de Almeida, Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA)

Doutora em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira da Universidade Federal do Ceará (UFC). Mestra em Educação pela UFC. Graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (UEVA). Integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas “Juventude, Cultura e Sociedade” vinculado a Faculdade de Educação (FACED) da (UFC) e do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Culturas Juvenis – GEPECJU vinculado a Universidade Estadual Vale do Acaraú, (UEVA). Email: nadjarinelle_234@hotmail.com.

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Publié-e

2022-01-07

Comment citer

Silva Bezerra Linhares, M. I., Oliveira de Almeida, N. R., & Sousa de Carvalho, H. M. (2022). CARTOGRAFIAS DOS MOVIMENTOS RELIGIOSOS E DA PARTICIPAÇÃO DE JOVENS NAS AÇÕES EM DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS. Revista Debates Insubmissos, 4(15), 178–199. https://doi.org/10.32359/debin2021.v4.n15.p178-199

Numéro

Rubrique

DOSSIÊ - LUTAS, RESISTÊNCIAS E SABERES POPULARES: A EDUCAÇÃO É O CAMINHO PARA A EMANCIPAÇÃO

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