Queimaram uma obra de Picasso: sujeito, ideologia e Discurso Artístico
DOI:
https://doi.org/10.51359/2175-294x.2022.254220Palavras-chave:
análise de discurso, discurso artístico, posição-sujeito.Resumo
Neste trabalho, discutimos as novas formas de subjetivação que ocorrem a partir discurso artístico nas condições de produção digitais da sociedade ultraliberal, considerando o aporte teórico-metodológico da Análise de Discurso de linha francesa, fundamentada por Michel Pêcheux. Nossa proposta é a que há a emergência de uma nova posição-sujeito, que consome a arte, destruindo-a, de forma que possa gerar ainda mais desejo de exclusividade.
Referências
AGAMBEN, Giorgio. O que é contemporâneo? E outros ensaios. Chapecó: Argos, 2009.
BRUM, Janaina Cardoso. Pensar a arte na análise de discurso: uma análise n’O fantasma da liberdade. Linguagem em (Dis)curso, Tubarão, Santa Catarina, v. 19, n. 2, p. 255-272, maio/ago. 2019.
COURTINE, Jean-Jacques. Análise do discurso político: o discurso comunista endereçado aos cristãos. São Paulo: UFSCar, 2009.
COLETIVO destrói obra de Picasso para vender em leilão como NFT; veja vídeo. Folha de São Paulo, 20 jul. 2021. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2021/07/coletivo-destroi-obra-de-picasso-para-vender-em-leilao-como-nft-veja-video.shtml?origin=folha>. Acesso em 22 mar 2022.
DIAS, Cristiane. Análise do discurso digital: sobre o arquivo e a constituição do corpus. Estudos linguísticos, São Paulo, v. 4, p. 972-980, 2015.
DIAS, Cristiane. Análise do Discurso: um campo de questões. Redisco, Vitória da Conquista, v. 10, n. 2, p. 8-20. 2016. Disponível em: <https://core.ac.uk/download/pdf/236654535.pdf>. Acesso em: 21. dez. 2022.
DIDI-HUBERMAN, Georges. Diante da imagem: questão colocada aos fins de uma história da arte. São Paulo: Editora 34, 2013.
DUFOUR, Dany-Robert. A arte de reduzir as cabeças: sobre a nova servidão na sociedade ultraliberal. Rio de Janeiro: Companhia de Freud, 2005.
LACAN, Jacques. O seminário, livro 14: a lógica do fantasma. [1966-1967]. Publicação interna. Centro de estudos freudianos do Recife: Recife, 2008.
LARA, Renata Marcelle. O Sujeito na/da Arte Contemporânea: nos entremeios dos discursos da/sobre arte. Signum, Londrina, n. 19/2, p. 170-192, dez. 2016.
NECKEL, Nadia Régia Maffi. Análise de discurso e o discurso artístico. In: Anais do II SEAD - Seminário de Estudos em Análise do Discurso, 2., 2005, Porto Alegre. Anais... Porto Alegre: UFRGS, 2005. Disponível em: <https://www.ufrgs.br/analisedodiscurso/anaisdosead/2SEAD/SIMPOSIOS/NadiaReginaMaffiNeckel.pdf>. Acesso em: 21. dez. 2022.
NECKEL, Nadia Régia Maffi. Com-textura de corpos na video-performance contemporânea. In: Anais do VI SEAD - Seminário de Estudos em Análise do Discurso, 6., 2013, Porto Alegre. Anais... Porto Alegre: UFRGS, 2013. Disponível em: . Acesso em: 21. dez. 2022.
ORLANDI, Eni Puccinelli. A materialidade do gesto de interpretação e o discurso eletrônico. In: DIAS, Cristiane. Formas de mobilidade no espaço e-urbano: sentido e materialidade digital [online]. Série e-urbano, v. 2, 2013, Disponível em: <http://www.labeurb.unicamp.br/livroEurbano>. Acesso em: 21. dez. 2022.
PÊCHEUX, Michel. Delimitações, inversões e deslocamentos. Cadernos de estudos lingüísticos. Campinas: Unicamp/IEL, n. 19, jul./dez. 1990.
PÊCHEUX, Michel. Semântica e discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. 4. ed. Campinas: Editora da Unicamp, 2009 [1975].
PÊCHEUX, Michel. Sobre os contextos epistemológicos da Análise de Discurso. [1984]. In: ORLANDI, Eni. Análise de discurso: Michel Pêcheux – textos selecionados. 2. ed. Campinas: Pontes, 2011.
SAFATLE, Vladimir. O circuito dos afetos: corpos políticos, desamparo e o fim do indivíduo. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2016.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Mônica Ferreira Cassana

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam na Revista Investigações concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (exemplo: depositar em repositório institucional ou publicar como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Qualquer usuário tem direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial.
Adaptar — remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.