NOTAS PARA UMA PEDAGOGIA DA INTERSECCIONALIDADE
DOI:
https://doi.org/10.32359/debin2023.v6.n20.p191-219Palabras clave:
Pedagogia engajada, Interseccionalidade, Decolonialidade.Resumen
Este texto é oriundo de um projeto de pesquisa preocupado com a luta antirracista por uma educação sul-mato-grossense engajada e como prática de liberdade. Fundamento-me em perspectivas decoloniais, do pensamento interseccional feminista-negro e de concepções freireanas de educação para sugerir a interseccionalidade como ferramenta pedagógica de ensino e de aprendizagem na educação básica, tendo como pano de fundo norteador dos diálogos as minhas experiências vividas, escrevivências e embrutecimentos pedagógicas de minha caminhada em um (c)istema-mundo produtor de precariedade existencial. Como ato conclusivo, busquei atentar-me para o engajamento docente em temáticas que propõem repensar a narrativa histórica única. É um compromisso de diferentes áreas não necessariamente de humanas na educação básica: é possível articular assuntos das ciências exatas e biológicas a partir de temáticas do cotidiano racializado, misógino, produtor de desigualdades e precariedade da vida.
Citas
BENTO, Berenice. Na escola se aprende que a diferença faz a diferença. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 19, n. 2, mai/ago. 2011. p. 549-559. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/ref/a/DMNhmpzNbKWgH8zbgQhLQks/?format=pdf&lang=pt>. Acesso em: 22 ago 2022.
BUTLER, Judith. Quadros de guerra: quando a vida é passível de luto? Belo Horizonte: Autêntica, 2015.
COLLINS, Patricia H.; BILGE, Sirma. Interseccionalidade. 1ª ed. São Paulo: Boitempo, 2020.
COLLINS, Patricia H. Se perdeu na tradução? Feminismo negro, interseccionalidade e política emancipatória. Parágrafo, São Paulo, v. 5, n. 1, jan./jul. 2017. p. 7-17. Disponível em: <https://revistaseletronicas.fiamfaam.br/index.php/recicofi/article/view/559/506>. Acesso em: 17 out. 2022.
CRENSHAW, Kimberlé. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Estudos Feministas, Florianópolis, n. 10, v. 1, Jan. 2002. p. 177-188. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/ref/a/mbTpP4SFXPnJZ397j8fSBQQ/abstract/?lang=pt>. Acesso em: 12 Jul 2022.
EVARISTO, Conceição. Olhos D’água. Rio de Janeiro: Pallas, 2016.
FALS BORDA, Orlando. Ante la crisis del país: ideas-acción para el cambio. Bogotá: Áncora Editores, 2003.
FREIRE, Paulo. Educação como prática de liberdade. Rio de Janeiro: Paz & Terra, 1967.
GROSFROGUEL, Ramon. Descolonizar as esquerdas ocidentalizadas: para além das esquerdas eurocêntrica rumo a uma esquerda transmoderna descolonial. Contemporânea, São Carlos, v. 2, n. 2, 2012. p. 337 – 362. Disponível em: <https://www.contemporanea.ufscar.br/index.php/contemporanea/article/view/86/51>. Acesso em: 12 ago. 2022.
HENNING, Carlos E. Interseccionalidade e pensamento feminista: as contribuições históricas e os debates contemporâneos acerca do entrelaçamento de marcadores sociais das diferenças. Mediações, Londrina, v. 20, n., 2, jul./dez. 2015. p. 97-128. Disponível em: <http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/22900/pdf%27>. Acesso em: 30 jul. 2020.
hooks, bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática de liberdade. São Paulo: Martins Fontes, 2019.
KAMBEBA, Márcia. Índio eu não sou. 2014. Disponível em: <https://www.recantodasletras.com.br/poesias-de-reflexao/4653545>. Acesso em: 22 ago. 2022.
KYRILLOS, Gabriela M. Uma Análise Crítica sobre os Antecedentes da Interseccionalidade. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 28, n. 1, jan. 2020. p. 1-12. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1806-9584-2020v28n156509>. Acesso em: 10 dez. 2021.
MALDONADO-TORRES, Nelson. Prefácio. In: CARVALHO, Elson S. S.; et al. 2ª ed. Pedagogias de(s)coloniais: saberes e fazeres. Goiania: Econuvens, 2020. p. 7-12.
NAPLES, Nancy. Teaching intersecionality intersectionally. International Feminist Journal of Politics, New York, v. 11, n. 4, dez. 2009. p. 566– 577.
OLIVEIRA, Megg R. G. de. O diabo em forma de gente: (r)existências de gays afeminados, viados e bichas pretas na educação. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2017.
PINHO, Osmundo. E não sou uma mulher? – Sojourner Truth. Geledés, 2014. Disponível em: <https://www.geledes.org.br/e-nao-sou-uma-mulher-sojourner-truth/>. Acesso em: 10 dez. 2021.
SILVA, Fernando G. O. da. Ô bicha! É sobre desobedecer ao (c)istema: em busca de saberes-fazeres desobedientes e interseccionais na educação básica. In: POLIZEL, A. L; REZZADORI, C. B. D. B; CASTRO, B. J. de. Educações-ciências-sexualidades: narrativas do (in)sensível, curricularidades e (bio)grafias. Curitiba: Editorial Casa, 2022. p. 179-198.
SILVA, Marcia A.; PINHEIRO, Renata K. A interseccionalidade de raça, gênero e classe em livros didáticos da EJA. Educação e Contemporaneidade, Salvador, v. 28, n. 54, p. 43-58, jan./abr. 2019. Disponível em: <https://www.revistas.uneb.br/index.php/faeeba/article/download/6180/3939>. Acesso em: 24 ago 2022.
VAGALUME. Greatest love of all – Whitney Houston. 1985. Disponível em: <<https://www.vagalume.com.br/whitney-houston/greatest-love-of-all-traducao.html>>. Acesso em: 12 mai 2022.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
