GÊNERO E CURRÍCULO: TENSÕES E CONTENÇÕES DE UM CONFLITUOSO RELACIONAMENTO

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.32359/debin2021.v4.n13.p48-71

Palabras clave:

relacionamento, gênero, currículo

Resumen

Objetivando discutir como ocorre o relacionamento educacional entre currículo e gênero é que este trabalho surge. Para embasar as reflexões propostas, este estudo dialoga com autores/as como Silva (1996), Lopes e Macedo (2011) e Andrade e Santos (2013), que oferecem questionamentos sobre gênero, currículo e as relações de poder que entremeiam cada um desses campos. Valeu-se da revisão bibliográfica para tecer as ideias delimitadas para investigação e diante dos dados, fatos e relações feitas pôde-se concluir, e também reforçar, algo que a Educação Especial já falava há tempos, inserção e inclusão são coisas diferentes. Justamente por isso, aqui é assegurado em diversos momentos que gênero e currículo mantêm uma pseudo relação, pois um encontra-se imerso no outro, mas não nutrem um vínculo de reciprocidade, caracterizando esse relacionamento como meramente falacioso.

Biografía del autor/a

Sônia Maria Alves de Oliveira Reis, Universidade do Estado da Bahia

Doutora e Mestre em Educação pela FAE/UFMG. Professora Assistente da UNEB - Campus XII. Coordenadora do Núcleo de Estudos, Pesquisa e Extensão Paulo Freire (NEPE). Pesquisadora da linha “Educação do Campo, Educação de Jovens e Adultos e Movimentos Sociais”. Professora da disciplina “Educação de Jovens e Adultos” do curso de Pedagogia. Possui graduação em Pedagogia pela Universidade do Estado da Bahia - Campus XII - Guanambi (1995), mestrado (2009) e doutorado (2014) em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais. Atualmente é professora Adjunta da Universidade do Estado da Bahia onde atua na graduação e nos cursos de especialização lato sensu. É professora externa do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEd/UESB). É Coordenadora de área do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid). É líder do Núcleo de Estudos Pesquisa e Extensão Educacional Paulo Freire (NEPE/CNPq). É coordenadora do Doutorado Interinstitucional ? Dinter UNEB/UFMG. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Ensino e aprendizagem, atuando principalmente nos seguintes temas: educação de jovens, adultos e idosos, mulheres, práticas educativas, alfabetização e letramento. É autora de capítulos de livros, artigos em periódicos e anais de eventos científicos.

Possui graduação em Pedagogia pela Universidade do Estado da Bahia - Campus XII - Guanambi (1995), mestrado (2009) e doutorado (2014) em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais. Atualmente é professora Adjunta da Universidade do Estado da Bahia onde atua na graduação e nos cursos de especialização lato sensu. É professora externa do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEd/UESB). É Coordenadora de área do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid). É líder do Núcleo de Estudos Pesquisa e Extensão Educacional Paulo Freire (NEPE/CNPq). É coordenadora do Doutorado Interinstitucional ? Dinter UNEB/UFMG. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Ensino e aprendizagem, atuando principalmente nos seguintes temas: educação de jovens, adultos e idosos, mulheres, práticas educativas, alfabetização e letramento. É autora de capítulos de livros, artigos em periódicos e anais de eventos científicos.Possui graduação em Pedagogia pela Universidade do Estado da Bahia - Campus XII - Guanambi (1995), mestrado (2009) e doutorado (2014) em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais. Atualmente é professora Adjunta da Universidade do Estado da Bahia onde atua na graduação e nos cursos de especialização lato sensu. É professora externa do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEd/UESB). É Coordenadora de área do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid). É líder do Núcleo de Estudos Pesquisa e Extensão Educacional Paulo Freire (NEPE/CNPq). É coordenadora do Doutorado Interinstitucional ? Dinter UNEB/UFMG. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Ensino e aprendizagem, atuando principalmente nos seguintes temas: educação de jovens, adultos e idosos, mulheres, práticas educativas, alfabetização e letramento. É autora de capítulos de livros, artigos em periódicos e anais de eventos científicos.

Dinalva de Jesus Santana Macêdo, Universidade do Estado da Bahia

Doutora em Educação e Contemporaneidade pela Universidade do Estado da Bahia (2015). Mestrado em Educação e Contemporaneidade pela Universidade do Estado da Bahia (2008). Especialização em Metodologia do Ensino Fundamental pela Universidade do Estado da Bahia (2000). Especialização em Psicopedagogia pela Universidade Estadual de Santa Cruz em 1999. Graduação em Pedagogia pela Universidade do Estado da Bahia em 1995. Professora adjunta da Universidade do Estado da Bahia. É professora do Mestrado em Educação da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), vinculada à linha de pesquisa, Currículo, Práticas educativas e Diferença. É membro do Comitê da Câmara de Povos e Comunidades Tradicionais do Conselho de Desenvolvimento Territorial do Sertão Produtivo (CODESP). Membro do Comitê Institucional de Iniciação Científica da Uneb, na área de Ciências Humanas. Tem experiência em Educação com ênfase em Currículo, Didática, Pesquisa e Prática Pedagógica, Metodologia da Alfabetização, Avaliação, Educação e Cultura afro-­Brasileira, História e Cultura Afro­-Brasileira e Indígena. Coordenadora do Grupo de Estudos Educação e Relações Étnico-Raciais: saberes e práticas afro-brasileiras e quilombolas do Território de Identidade do Sertão Produtivo. Membro do Conselho Municipal de Educação de Guanambi representando os docentes do Ensino Superior. Professora Pesquisadora do Núcleo de Estudo Pesquisa e Extensão Paulo Freire (NEPE), vinculada à linha de pesquisa Currículo, Diversidade e Formação Docente. É membro do Grupo de Pesquisa Educação e Diversidade da UNEB/PPGEDUC. É membro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPED). É parecerista AD hoc do GT21/ANPED, Educação e Relações Étnico-raciais. Discute os seguintes temas: currículo, diversidade cultural, interculturalidade, diferença, descolonização, quilombos, racismo, identidade étnico-racial, práticas educativas, educação das relações étnico-raciais, educação escolar quilombola e formação docente.

Samara Gomes Aguiar, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Graduada em Pedagogia pela Universidade do Estado da Bahia - UNEB / DEDC - Campus XII (2018). Vinculada à linha de pesquisa Educação do Campo, Educação de Jovens e Adultos e Movimentos Sociais do Grupo de Pesquisa Núcleo de Estudo Pesquisa e Extensão Educacional Paulo Freire – (NEPE-CNPq). Participou como voluntária do Programa de Bolsas de Iniciação Científica - PIBIC/UNEB (2016-2017); Bolsista de Iniciação Científica - PIBIC/FAPESB (2017-2018). Atualmente, mestranda do Programa de Pós-graduação em Educação na linha de pesquisa: Currículos, Práticas Educativas e Diferenças pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Campus de Vitória da Conquista (PPGEd/UESB). Bolsista FAPESB.

Citas

ANDRADE, Darlane Silva Vieira; SANTOS, Helena Miranda dos (orgs). Gênero na psicologia: articulações e discussões. Salvador: CRP-03, 2013. Disponível em: https://www.crp03.org.br/wp-content/uploads/2015/08/Genero-na-Psicologia-articulacoes-e-discussoes.pdf. Acesso em: 28 abr. 2019.

ANDRADE, Jemina de Araújo Moraes; SIMÕES, Helena Cristina Guimarães Queiroz. Educação Superior: um direito de todos? Práxis Educacional. v. 16, n. 37, p. 393-407, jan., 2020. Disponível em: http://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/6190. Acesso em: 20 jan. 2020.

APPLE, Michael. Educação e poder. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989.

ARÁN, Márcia. A transexualidade e a gramática normativa do sistema sexo-gênero. Ágora - Estudos em Teoria Psicanalítica. v. 9, n. 1, p. 49-63, jan./jun., 2006. Disponível em:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-14982006000100004. Acesso em: 28 abr. 2019.

BEAUVOIR, Simone de. O Segundo Sexo. v. II. MILLIET, Sérgio (trad.). 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980.

BERNSTEIN, Basil. A estruturação do discurso pedagógico: classe, códigos e controle. Petrópolis: Vozes, 1996.

BOBBITT, John Franklin. The Curriculum. Boston: Houghton Mifflin Company, 1918.

BOENAVIDES, Débora Luciene Porto. Ressignificar e resistir: a Marcha das Vadias e a apropriação da denominação opressora. Revista Estudos Feministas. v. 27, n. 2. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/1806-9584-2019v27n248405/40715. Acesso em: 04 mai. 2020.

BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. 6. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.

BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. KÜHNER, Maria Helena (trad.). Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2011.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. Organização do texto: Juarez de Oliveira. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 1990. 168p. (Série Legislação Brasileira).

BRASIL. Panorama da violência contra as mulheres no Brasil: indicadores nacionais e estaduais (Observatório da Mulher contra a Violência/Senado Federal, 2018). Disponível em: http://www.senado.gov.br/institucional/datasenado/omv/indicadores/relatorios/BR-2018.pdf. Acesso em: 12 abr. 2019.

CHERFEM, Carolina Orquiza. Relações sociais de gênero e raça: um debate para a luta de classes na licenciatura em educação do campo. Revista Debates Insubmissos. Ano 2, v. 2, n. 5, jan./abr., 2019. Disponível em: file:///C:/Users/Usu%C3%A1rio/Desktop/238155-139790-1-PB.pdf. Acesso em: 22 jul. 2019.

CUNHA, Érika Virgílio Rodrigues da. O currículo e o seu planejamento: concepções e práticas. Espaço do currículo. v. 3, n. 2, p. 578-590, set. 2010 / mar. 2011. Disponível em: https://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:KYeNL-rWUfQJ:https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rec/article/download/9667/5255/+&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br. Acesso em: 11 abr. 2019.

GIROUX, Henry. Poder e resistência na nova sociologia da educação: para além das teorias da reprodução social e cultural. In: GIROUX, Henry. Pedagogia Radical: subsídios. São Paulo: Cortez, 1983.

GOMES, Nilma Lino. Relações étnico-raciais, educação e descolonização dos currículos. Currículo sem Fronteiras. v. 12, n. 1, p. 98-109, jan./abr., 2012. Disponível em: http://www.acaoeducativa.org.br/fdh/wp-content/uploads/2012/11/curr%C3%ADculo-e-rela%C3%A7%C3%B5es-raciais-nilma-lino-gomes.pdf. Acesso em: 13 abr. 2019.

GOSDAL, Thereza Cristina. Diferenças de gênero e discriminação no trabalho. In: PENIDO, Laís de Oliveira (coord.). A igualdade dos gêneros nas relações de trabalho. Brasília: Escola Superior do Ministério Público da União, 2006. p. 305-318.

LOPES, Alice Casimiro; MACEDO, Elizabeth. Teorias de Currículo. São Paulo: Cortez, 2011.

LOPES, Alice Casimiro. Teoria pós-crítica, política e currículo. Educação, sociedade & culturas. n. 39, p. 07-23. 2013. Disponível em: https://www.fpce.up.pt/ciie/sites/default/files/02.AliceLopes.pdf. Acesso em: 23 abr. 2019.

MACEDO, Elizabeth. Como a diferença passa do centro à margem nos currículos: o exemplo dos PCN. Educação & Sociedade. v. 30, n. 106, p. 87-109, jan./abr. 2009. Disponível em: http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:QkxZvV1KRdAJ:www.scielo.br/pdf/es/v30n106/v30n106a05.pdf+&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br. Acesso em: 24 abr. 2019.

MCLAREN, Peter. A vida nas escolas: uma introdução à pedagogia crítica nos fundamentos da educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1977.

RIBEIRO, William de Goes. Currículo, subjetivação e política da diferença: um diálogo com Homi Bhabha. Conjectura: Filosofia e Educação. v. 22, n. 3, p. 576-597, set./dez., 2017. Disponível em: http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/view/4961. Acesso em: 24 abr. 2019.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes. In: SANTOS Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula (orgs). Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010. p. 31-83.

SILVA, Tomaz Tadeu da. Identidades terminais: as transformações na política da pedagogia e na pedagogia da política. Petrópolis: Vozes, 1996.

SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de Identidade: uma introdução às teorias do currículo. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2010.

STRECK, Danilo Romeu. Qual o conhecimento que importa? Desafios para o currículo. Currículo sem Fronteiras. v. 12, n. 3, p. 8-24, set./dez., 2012. Disponível em: http://www.curriculosemfronteiras.org/vol12iss3articles/streck.pdf. Acesso em: 24 abr. 2019.

Descargas

Publicado

2021-09-10

Cómo citar

Reis, S. M. A. de O., Macêdo, D. de J. S., & Aguiar, S. G. (2021). GÊNERO E CURRÍCULO: TENSÕES E CONTENÇÕES DE UM CONFLITUOSO RELACIONAMENTO. Revista Debates Insubmissos, 4(13), 48–71. https://doi.org/10.32359/debin2021.v4.n13.p48-71

Número

Vol. 4 Núm. 13 (2021): Maio/Agosto

Sección

Artigos Livres

Licencia

Artículos similares

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 > >> 

También puede Iniciar una búsqueda de similitud avanzada para este artículo.