EXTIRPANDO EXCESSOS E PROMULGANDO AUSÊNCIAS: CIRURGIAS ÍNTIMAS, HIERARQUIAS RACIAIS E NORMALIZAÇÃO DO CORPO FEMININO

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.32359/debin2021.v4.n13.p253-271

Palabras clave:

cirurgias íntimas, normalização, hierarquias raciais, Sarah Baartman

Resumen

Proponho uma discussão a respeito das relações entre cirurgias plásticas íntimas, raça e normalização do corpo feminino através de relatos de pacientes, discursos médicos e da imprensa em conjunto com a história de Sarah Baartman e as concepções acerca de sua genitália, os quais nos sugerem entendimentos a respeito de como estes procedimentos materializam raça e gênero nos corpos a eles submetidos. No contexto destes aprimoramentos, o que escapa à simetria, à coloração clara e ao pouco volume materializa o “disforme” e indesejado. Ao extirpar os “excessos” (seja de pele, cor ou sexo), emerge uma genitália hiperfeminina, contida em suas dimensões e formas, pós-humana. Se os “excessos” da genitália feminina são, até hoje, concebidos no terreno do monstruoso e disgênico, a medicina atual, entretanto, teria as tecnologias e a estética para eliminá-los, trazendo ao corpo o “normal” e o “humano” esperados.

Publicado

2021-09-10

Cómo citar

Schimitt, M. (2021). EXTIRPANDO EXCESSOS E PROMULGANDO AUSÊNCIAS: CIRURGIAS ÍNTIMAS, HIERARQUIAS RACIAIS E NORMALIZAÇÃO DO CORPO FEMININO. Revista Debates Insubmissos, 4(13), 253–271. https://doi.org/10.32359/debin2021.v4.n13.p253-271

Número

Sección

Pautas Insubmissas

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