CARTOGRAFANDO OS DIREITOS HUMANOS EM CURITIBA: DA NORMATIZAÇÃO ÀS PRÁTICAS EM EDUCAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.32359/debin2022.v5.n17.p148-177Palavras-chave:
Direitos Humanos, Educação, Cartografia.Resumo
Neste artigo retoma-se alguns acontecimentos do século XX para pensar o contexto de surgimento dos Direitos Humanos e da filosofia pós-estruturalista de DELEUZE; GUATTARI (1995a; 1995b; 2014). Essa retomada permite localizar o olhar com o qual observa-se as possiblidades de uma experiência de Educação em Direitos Humanos, através da análise cartográfica (KATRUP, PASSOS, 2013), realizado em uma escola básica de Curitiba. Trata-se de uma análise em uma cartografia que se organizou em três movimentos: de territorialização, que situa os processos de institucionalização das relações entre a educação e os Direitos Humanos; de desterritorialização, quando seleciona alguns propostos por intelectuais que avançam a perspectiva deleuziana-guattariana, como é o caso de educação menor (GALLO, 2008) e biopotência (GUATTARI; RONILK, 2006); por fim, em um retorno que não é ao mesmo, de reterritorialização, o qual apresenta a análise dos planos de ação para a Educação em Direitos Humanos, elaborados entre os anos de 2017 e 2019 propostos pela escola.
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