EDUCAÇÃO E ANCESTRALIDADE:
REFLEXÕES INICIAIS PARA SE PENSAR EM CONSTRUCTOS DE UMA PEDAGOGIA ANCESTRAL
DOI:
https://doi.org/10.32359/debin2024.v7.n25.p184-211Palavras-chave:
Educação; Ancestralidade; Pedagogia Ancestral.Resumo
Pensar em educação e ancestralidade é algo importante nos dias atuais, visto que há muitas perspectivas neoliberais que colocam a educação enquanto uma prática mercadológica, voltada para os interesses do mercado em uma lógica competitiva e meritocrática; assim, a ancestralidade é uma maneira de resistência e insurgência contra perspectivas educativas neoliberais. Nesse sentido, nessa artigo, o objetivo é de trazer reflexões iniciais sobre o conceito de uma pedagogia ancestral enquanto práxis que possa trazer perspectivas ecológicas e ancestrais enquanto uma pedagogia, trazendo diversos aspectos de formação humana em uma perspectiva de educação e ancestralidade aonde há saberes outros que se voltam para a espiritualidade, a insurgência contra desigualdade, a valorização da cultura popular, que podem ser alternativas potentes contra a lógica individualista neoliberal. Penso em uma perspectiva, a partir de Krenak (2022), de que o futuro é ancestral. Como fundamentos e lentes interpretativas para a construção dessa perspectiva de educação e ancestralidade, trago duas categorias: educação popular e decolonialidade/interculturalidade. Faço uma análise trazendo aspectos que permitem constructos de uma pedagogia ancestral e, enquanto considerações finais, destaco que que essa partilha de saberes é um bom instrumento para, como salienta Freire (2000), mudar o mundo para a melhor, para fazê-lo menos injusto.
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