O ENCANTAMENTO DA TRADIÇÃO DO BAQUE SOLTO E A TRANS-FORMAÇÃO DO SER BRINCANTE: REINVENÇÕES EM EDUCAÇÃO

Autori

  • Arthur Silva de Andrade Universidade Federal de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.32359/debin2024.v7.n25.p163-183

Parole chiave:

Baque solto., Trans-formação Humana., Espiritualidades., De(s)colonialidade.

Abstract

Ensaio acadêmico que busca, enquanto tese central, tecer diálogos reinventivos a partir do reconhecimento das degradações das influências da modernidade/colonialidade nos processos da educação ocidentalizada. Aqui referidas como políticas de desencantamento, motivando a nossa disposição em lançar notas de encantamento mágico-curativas-brincantes através da tradição do Baque Solto na trans-formação do ser brincante para engendrar modos de vida outros em educação. Nesta escrita, movemos um fazer de(s)colonial o qual agrega ao processo da metodologia científica rupturas ontoepestêmicas que se insurgem contra a retórica da modernidade. Movidos pelo encantamento brincante, destacamos a importância de se perceber a educação em seus aspectos de trans-dimensionalidade, oferecendo alternativas de conhecimento e transformação social a partir da diversidade de modos ontoepistemológicos de operar. Deste modo, agregando aos fundamentos da educação propriedades polissêmicas do mundo, de natureza de(s)colonial, integramos eventos cocriados espiritualmente de forma intra, inter e transpessoal, propiciando uma diversidade de maneiras de ser, estar, pensar, saber, sentir, existir e viver-com, compondo o que chamamos na tradição brincante de aspectos de diversão-devoção que cocriam experiências de trans-formação humana de base de(s)colonial no campo educacional. 

Riferimenti bibliografici

ASSUNÇÃO, Luiz. O reino dos mestres: a tradição da jurema na umbanda nordestina. Rio de Janeiro: Pallas, 2010.

CASTRO, Eduardo Viveiros de. A inconstância da alma selvagem e outros ensaios de antropologia: Eduardo Viveiros de Castro. São Paulo: Ubu Editora, 2017.

CASTRO, Eduardo Viveiros de. Os pronomes cosmológicos e o perspectivismo ameríndio. Mana, vol. 2, n. 2, p. 115-144, 1996.

DUSSEL, Enrique. Europa, modernidade e eurocentrismo. In: LANDER, Edgardo. A Colonialidade do Saber: eurocentrismo e ciências sociais, perspectivas latino-ame ricanas. Buenos Ayres: Clacso, 2005.

ESCOBAR, Arturo. Sentipensar com la Tierra: Nuevas Lecturas sobre desarrollo, ter ritório y diferencia. Medellín: Universidad Autónoma Latinoamericana/ Ediciones UNAULA, 2014.

FERRER, Jorge. Participation and the mistery: transpersonal essays in psychology, education, and religion. Albany: State University of New York Press, 2017.

Autor omitido para submissão

Autor omitido para submissão

GOHN, Maria da Glória. Educação não formal e cultura política. São Paulo: Cortez, 2006.

GROSFOGUEL, Ramón. Para descolonizar os estudos de economia política e os estudos pós-coloniais: Transmodernidade, pensamento de fronteira e colonialidade global. Revista Crítica de Ciências Sociais, 80, 2008.

HERON, John. Participatory spirituality: A farewell to authoritarian religion. Morrisville, NC: Lulu; 2006.

IPHAN. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Maracatu de Baque Solto. Dossiê de Candidatura, 2013.

KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

OCAÑA, Alexander Ortiz; LÓPEZ, María Isabel Arias; CONEDO, Zaira Esther Pedrozo. Decolonialidad de la educación. Emergencia/urgencia de uma pedagogía decolonial. Santa Marta/Colômbia, Universidad del Magdalena, 2018

MIGNOLO, Walter. Desobediência epistêmica: a opção descolonial e o significado de identidade em política. Cadernos de Letras da UFF – Dossiê: Literatura, língua e identidade, no 34, p. 287-324, 2008.

MIGNOLO, Walter. COLONIALIDADE: O LADO MAIS ESCURO DA MODERNIDADE. Revista Brasileira De Ciências Sociais, 2017.

RIBEIRO, José. Catimbó: magia do Nordeste. Rio de Janeiro: Pallas, 1992.

SENA, José Roberto Feitosa de. Maracatus rurais do Recife: entre a religiosidade popular e o espetáculo. 2012. 165 f. Dissertação (Mestrado em Ciência das Religiões) - Universidade Federal da Paraí­ba, João Pessoa, 2012.

SIMAS, Luiz Antônio. O corpo encantado das ruas. 5. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2020.

SIMAS, Luiz Antônio; RUFINO, Luiz. Flecha no Tempo. Rio de Janeiro: Mórula, 2019.

SIMAS, Luiz Antônio; RUFINO, Luiz. Fogo no mato: a ciência encantada das macumbas. Rio de Janeiro: Mórula, 2018.

WALSH, Catherine (Ed.). Pedagogías decoloniales: prácticas insurgentes de resistir, (re)existir y (re)vivir. Tomo I. Quito, Ecuador: Ediciones Abya-Yala, 2013.

Pubblicato

2024-09-25

Come citare

Silva de Andrade, A. (2024). O ENCANTAMENTO DA TRADIÇÃO DO BAQUE SOLTO E A TRANS-FORMAÇÃO DO SER BRINCANTE: REINVENÇÕES EM EDUCAÇÃO. Revista Debates Insubmissos, 7(25), 163–183. https://doi.org/10.32359/debin2024.v7.n25.p163-183

Fascicolo

Sezione

DOSSIÊ: Educação e espiritualidades: práticas, poiésis e reinvenções utópicas para a trans/formação humana

Articoli simili

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 > >> 

Puoi anche Iniziare una ricerca avanzata di similarità per questo articolo.