ESCREVIVÊNCIA PARA ASSOMBRAR A COLONIALIDADE DO PODER NO SISTEMA PENITENCIÁRIO
DOI:
https://doi.org/10.32359/debin2024.v7.n25.p145-162Parole chiave:
Colonialidade do Poder, Sistema Penitenciário Brasileiro, EscrevivênciaAbstract
Este artigo propõe-se a ser uma viagem introspectiva pela cartografia da vida, onde cada passo desenha um contorno no mapa da existência humana. Através de uma escrevivência que tece memórias, ancestralidades e resiliências, refletimos sobre as múltiplas camadas de uma realidade entalhada por lutas sociais, desafios educacionais e a incessante busca por dignidade. Engajamos em uma análise pós-qualitativa do sistema prisional brasileiro, traçando paralelos com os navios negreiros do passado. Argumentamos que, dentro deste contexto de privação, a educação emerge como um catalisador potencial para a ressocialização. Para tal, é fundamental engajar-se em disputas pedagógicas que vão além do cárcere, promovendo oportunidades para reparação social e histórica. O artigo visa discutir alternativas para desmantelar a colonialidade do poder incrustada no sistema penitenciário brasileiro, enfatizando a educação como um processo vital para a ressocialização.
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